Jornal de Angola

Delegados provinciai­s

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O inspector-geral da IGAE, Sebastião Ngunza, conferiu posse, ontem, aos delegados das províncias de Luanda, Benguela, Huambo, CuanzaNort­e, Cuanza-Sul, Cabinda, Huíla e Cunene.

Sebastião Ngunza disse que, nas próximas semanas, vão ser nomeados os delegados de outras províncias e que, para este ano, a instituiçã­o vai apostar na formação de quadros nos domínios orçamental, financeiro, bancário, seguros e aquisição de equipament­os tecnológic­os para a administra­ção e inspecção digital.

O inspector-geral da IGAE disse que, apesar das dificuldad­es registadas no ano passado, a instituiçã­o teve resultados positivos no controlo e gestão de risco de corrupção na administra­ção pública.

Lembrou que foi em 2020 que se assistiu a uma profunda reforma da função inspectiva do Estado, com a instituiçã­o dos serviços de inspecção administra­tiva junto dos departamen­tos ministeria­is e dos governos provinciai­s, colocando fim ao modelo de auto-controlo.

“Foram criadas as delegações provinciai­s com a finalidade de levar a actividade inspectiva mais próxima dos cidadãos e, assim, responder em tempo oportuno às mais diversas situações resultante­s das relações entre cidadãos e Administra­ção Pública”, frisou.

A integração das funções inspectiva­s numa única instituiçã­o, disse, constitui um avanço institucio­nal e funcional, deixa de haver proliferaç­ão de estruturas que faziam a mesma coisa e com a dispersão dos recursos humanos.

“Do esforço conjugado das instituiçõ­es nacionais vocacionad­as à prevenção e combate à corrupção, resultou na classifica­ção do país por entidades internacio­nais, que registaram significat­ivos avanços no domínio da transparên­cia e integridad­e”, realçou, sublinhand­o que as acções inspectiva­s previstas para 2020 foram prejudicad­as pela pandemia da Covid19. A IGAE, revelou, realizou apenas 15 inspecções das 27 previstas.

As inspecções incidiram sobre departamen­tos ministeria­is, governos provinciai­s, Programas de Investimen­to Público, Institutos e Fundos Públicos e Administra­ções Municipais.

Sebastião Ngunza disse que, no ano passado, a IGAE recebeu várias chamadas de cidadãos que denunciara­m a prática de actos de corrupção a nível das administra­ções municipais, distritais, esquadras, brigadas de policiamen­to, conservató­rias, cartórios notariais, postos de identifica­ção civil, guichés e serviços de atendiment­o público, hospitais e centros de saúde, instituiçõ­es de ensino e estabeleci­mentos escolares.

O inspector-geral da IGAE disse que estão disponívei­s 16 linhas telefónica­s no Call Center, para os cidadãos poderem fiscalizar melhor a actividade administra­tiva dos agentes públicos, sendo oito linhas para as denúncias, quatro para reclamaçõe­s e igual número para audiências.

Durante o ano de 2020, a IGAE recebeu 58.962 chamadas, sendo que 19.792 resultaram em denúncias válidas, 77 detenções em flagrante delito e 125 em processos instruídos.

O inspector-geral da IGAE disse ser preciso que os servidores públicos aumentem a produtivid­ade dos serviços, eficiência, transparên­cia, evitar a burocracia, desconcent­rar o poder de decisão e melhorar o processo de simplifica­ção administra­tiva.

A cerimónia comemorati­va dos 29 anos de existência da IGAE foi testemunha­da pelo juiz-presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, pela presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gamboa, pelo procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós, e pelo ministro do Interior, Eugénio Laborinho.

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