Timor-Leste estabelece parcerias
A União Europeia (UE), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Governo timorense anunciaram ontem uma nova parceria para reforçar a capacidade de TimorLeste para mitigar os efeitos de doenças transmissíveis, especialmente a Covid-19.
A parceria, que vai ser implementada ao longo dos próximos 20 meses e que envolve um investimento da UE de cerca de dois milhões de euros, pretende ajudar a construir “sistemas de saúde fortes, eficazes e resilientes em Timor-Leste”.
“Apesar do número relativamente baixo de casos, Timor-Leste continua a estar em risco”, disse na apresentação do projecto a ministra da Saúde, Odete Freitas Belo.
Os promotores explicaram que além do objectivo central seja o de reforçar os sistemas de saúde do país, o projecto visa ainda ajudar a montar operações eficazes de resposta à Covid-19.
Reforçar a capacidade de teste, detecção e monitorização de casos da Covid-19 e reduzir o risco de impactos avançados na morbilidade e mortalidade, incluindo de outras questões de saúde, são outros objectivos.
O embaixador da UE em Díli, Andrew Jacobs, recordou os impactos sanitários, sociais e económicos “sem precedentes da Covid-19”, destacando a importância de parceiras, como esta com a OMS, para responder aos desafios em Timor-Leste.
“A nova parceria da UE com a OMS vai apoiar o Ministério da Saúde a aumentar os esforços de saúde pública e a proteger melhor as pessoas. A iniciativa vai reforçar a capacidade dos laboratórios nacionais para melhorar a gestão dos casos da Covid-19 e apoiar os centros de Saúde na Família a fornecer novos equipamentos de diagnóstico e medicamentos”, frisou.
O projecto pretende ter um alcance nacional, chegando ao nível do reforço dos sistemas de saúde dos sucos timorenses, uma divisão administrativa equivalente a freguesias. “O apoio técnico da OMS envolverá diálogo político, apoio estratégico, perícia técnica e, quando apropriado, prestação directa de serviços”, indica o documento.
Arvind Mathur, novo responsável da OMS em TimorLeste, disse que o apoio da UE é essencial para ajudar na resposta à pandemia, que continua a exigir a implementação “agressiva” de “medidas básicas de prevenção da saúde pública”.
“A colaboração UE-OMS, nesta área, tem sido uma grande montra para ajudar a reforçar os sistemas de saúde”, disse.