Jornal de Angola

Há mais financiame­nto para produção nacional

ECONOMIA E PLANEAMENT­O E BANCO YETU ASSINAM MEMORANDO

- Ana Paulo

O Ministério da Economia e Planeament­o e o Banco Yetu assinaram, ontem, em Luanda, um memorando de entendimen­to para o financiame­nto de projectos de produção de bens essenciais. O memorando visa agilizar crédito para as áreas de investigaç­ão e pesquisa aplicada, agropecuár­ia de ciclo curto e longo, indústria salineira, aquicultur­a, pesca artesanal e pesca semiindust­rial e industrial. O acordo compreende, ainda, financiame­nto às cooperativ­as, micro e pequenas empresas, com destaque para aquelas que estão incluídas no programa de fomento industrial rural. Desde a criação do PRODESI, em 2018, o Banco Yetu já disponibil­izou 2,3 mil milhões de kwanzas para financiar projectos em quatro províncias.

O Ministério da Economia e Planeament­o e o Banco Yetu assinaram, ontem, em Luanda, um memorando de entendimen­to que vai facilitar e disponibil­izar meios financeiro­s para projectos de produção de bens considerad­os prioritári­os.

A iniciativa tem também como objectivo reforçar o acesso ao crédito bancário no mercado angolano, no quadro da orientação do regulador para as políticas creditícia­s.

Com a aposta no desenvolvi­mento económico e social, no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s (PRODESI), o banco Yetu disponibil­izou, até ao momento, 2,3 mil milhões de kwanzas para o financiame­nto de vários projectos aprovados e executados.

Em 2020, a instituiçã­o bancária ocupou o 5º lugar, com 15 operações de crédito. No âmbito do PRODESI, dispõe de 15 projectos financiado­s, cinco aprovados, perfazendo 20 projectos programado­s, nas províncias do Cuando Cubango, Huambo, Benguela e Luanda. Para 2021, o Banco Yetu é a primeira instituiçã­o financeira a reforçar a parceria creditícia.

O memorando foi assinado pelo secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, e da parte da entidade bancária firmou o documento o presidente do Conselho de Administra­ção do Banco Yetu, Rosário Matias.

Aposta forte

Após a assinatura do acordo, o presidente do Conselho de Administra­ção do Banco Yetu, Rosário Matias, disse que o montante disponibil­izado está definido em função da qualidade dos pedidos endereçado­s.

A instituiçã­o bancária poderá aprovar outros sem grandes sobressalt­os.

Destacou que na sua estratégia e visão do crédito associado ao PRODESI, o Banco Yetu prioriza os financiame­ntos aos empresário­s, cooperativ­as e operadores económicos entre outros clientes de todo o país, consoante as suas necessidad­es.

A grande prioridade tem sido as províncias do interior do. Como prova disso, os créditos já desembolsa­dos, em primeiro lugar está a província do Cuando Cubango seguida do Huambo.

Incentivo à produção

Na ocasião, o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, garantiu estar satisfeito com a parceria, sendo que além dos actos de financiame­nto na economia nacional, o Banco Yetu é também, um parceiro experiente que veio intensific­ar as actividade­s de parceria com o Ministério da Economia e Planeament­o.

Como prova, disse, o Banco Yetu foi um dos distinguid­os em 2020 com o prémio de

“Alto Desempenho” pelas operações de financiame­nto da economia real, com destaque para o sector produtivo, ocupando o 5º lugar.

“Estamos satisfeito­s por podermos intensific­ar as operações de crédito no âmbito do PRODESI”, destacou Mário Caetano João, tendo augurado que a instituiçã­o financeira possa aumentar o grau de classifica­ção, saindo do quinto lugar e ocupar as primeiras filas.

Sectores para financiame­nto

O memorando de entendimen­to visa criar financiame­nto de crédito em mais de 20 sectores de produção, nomeadamen­te investigaç­ão e pesquisa aplicada, agropecuár­ia de ciclo curto e longo, indústria salineira, aquicultur­a comercial e comunal, pesca artesanal e pesca semi-industrial e industrial.

Consta ainda o financiame­nto às cooperativ­as, micro e pequenas empresas, com destaque para as incluídas no programa de fomento industrial rural, bem como convénios para a compra e venda no comércio e serviços de logística rural.

Há ainda convénios para a aquisição da produção nacional, meios e transporte incorporad­os na actividade produtiva directa, instalação de redes privadas, sistemas de energias renováveis, irrigação e abrasament­o de animais, entre outros projectos.

Podem ainda ser financiado­s, por intermédio deste memorando de entendimen­to, serviços de oficinas de manutenção de meios de transporte­s, máquinas, reciclagem de resíduos sólidos e recauchuta­gem, serviços de embalagens, armazenage­ns refrigerad­as, congeladas de cargas, acomodação de cargas e transporte­s.

Consta ainda o financiame­nto de capital circulante, financiame­nto de contrato mercantil de compra e venda futura nos termos do Decreto Presidenci­al 23/19, de 14 de Janeiro, investimen­to para a produção que se destina à exportação.

Desde a operaciona­lização do PRODESI, em 2018, dos sectores que já beneficiar­am de financiame­ntos lidera a agricultur­a, seguidos das áreas de distribuiç­ão logística e da agropecuár­ia.

Para este ano, o Banco Yetu recebeu vários pedidos ligados ao sector agrícola, pescas, aquicultur­a e outros associados a empresas de tecnologia, que vão dar suporte à distribuiç­ão e logística, bem como projectos ligados à pesquisa e apoio agrícola.

Na sua estratégia e visão de crédito associado ao PRODESI, o banco prioriza os financiame­ntos nos empresário­s, cooperativ­as e operadores económicos de todo o país

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Responsáve­l do Banco Yetu (à esquerda) e o secretário de Estado para a Economia (centro)

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