Escassez de chuvas ameaça colheitas
Produção agrícola este ano vai atingir níves muito baixos por falta de chuvas, pois culturas como feijão, ginguba, milho,bata-doce,entre outros produtos. Os camponeses temem por fome severa
As colheitas desta temporada agrícola, na província do Uíge, estão comprometidas, devido à escassez de chuvas. As culturas de feijão, ginguba, milho, batata-doce, cebola, entre outras, estão a secar, o que pode provocar penúria alimentar em toda a região. O Governo investiu milhões de kwanzas em tractores e sementes melhoradas.
A produção agrícola desta temporada, na província do Uíge, está comprometida, devido à escassez de chuvas. As culturas de feijão, ginguba, milho, batata-doce, cebola, entre outras, estão a secar, o que pode provocar penúria alimentar, nos próximos tempos, em toda a região.
Camponeses organizados em associações e cooperativas e pequenos agricultores das zonas rurais estimam que a campanha agrícola desta época terá resultados muito aquém do perspectivado, por falta de chuva que está a obrigar os camponeses a pararem de plantar.
“Estamos preocupados com a falta de chuva, as plantas estão a murchar, as flores estão a cair. Portanto, é sinal de que não teremos alimentos suficientes brevemente”
Carlos Domingos, responsável de uma associação agrícola familiar, na localidade de Cungula, disse ao Jornal de Angola que a entidade que dirige preparou dois hectares e meio com várias culturas, mas metade das plantações secou devido à estiagem, o que o leva a prever, que nos próximos dias, haja escassez de alimentos na localidade.
A camponesa Teresa José não espera proventos da sua produção, pois, plantou em terrenos menos húmidos a contar com chuvas regulares desta época.
“Estamos preocupados com a falta de chuva, as plantas estão a murchar, as flores estão a cair. Portanto, é sinal de que não teremos alimentos suficientes brevemente”, lamentou.
Para o director do Gabinete Provincial da Agricultura, Eduardo Gomes, a estiagem vai provocar sofrimento às famílias nas zonas rurais, por terem a agricultura como o principal meio de subsistência. “A população rural vive essencialmente da agricultura”, frisou.
O responsável lembrou que, no ano passado, a província recebeu, do Ministério da Agricultura, 50 tractores com alfaias para os camponeses vinculados em associações e cooperativas, o que permitiu cultivar 526 mil hectares.
Eduardo Gomes informou que muitos agricultores da província foram, igualmente, apoiados com instrumentos básicos de trabalho, fertilizantes e sementes melhoradas de feijão, milho e arroz. “Com os apoios que o Governo deu, a expectativa era de que a colheita nesta época seria em grande escala, mas não será possível por falta de chuvas”, deplorou.
O Gabinete Provincial da Agricultura tem o registo de 51 cooperativas, 686 associações agrícolas e pequenos produtores organizados, envolvendo mais de 200 mil famílias.