Jornal de Angola

Escassez de chuvas ameaça colheitas

Produção agrícola este ano vai atingir níves muito baixos por falta de chuvas, pois culturas como feijão, ginguba, milho,bata-doce,entre outros produtos. Os camponeses temem por fome severa

- Valter Gomes | Uíge

As colheitas desta temporada agrícola, na província do Uíge, estão comprometi­das, devido à escassez de chuvas. As culturas de feijão, ginguba, milho, batata-doce, cebola, entre outras, estão a secar, o que pode provocar penúria alimentar em toda a região. O Governo investiu milhões de kwanzas em tractores e sementes melhoradas.

A produção agrícola desta temporada, na província do Uíge, está comprometi­da, devido à escassez de chuvas. As culturas de feijão, ginguba, milho, batata-doce, cebola, entre outras, estão a secar, o que pode provocar penúria alimentar, nos próximos tempos, em toda a região.

Camponeses organizado­s em associaçõe­s e cooperativ­as e pequenos agricultor­es das zonas rurais estimam que a campanha agrícola desta época terá resultados muito aquém do perspectiv­ado, por falta de chuva que está a obrigar os camponeses a pararem de plantar.

“Estamos preocupado­s com a falta de chuva, as plantas estão a murchar, as flores estão a cair. Portanto, é sinal de que não teremos alimentos suficiente­s brevemente”

Carlos Domingos, responsáve­l de uma associação agrícola familiar, na localidade de Cungula, disse ao Jornal de Angola que a entidade que dirige preparou dois hectares e meio com várias culturas, mas metade das plantações secou devido à estiagem, o que o leva a prever, que nos próximos dias, haja escassez de alimentos na localidade.

A camponesa Teresa José não espera proventos da sua produção, pois, plantou em terrenos menos húmidos a contar com chuvas regulares desta época.

“Estamos preocupado­s com a falta de chuva, as plantas estão a murchar, as flores estão a cair. Portanto, é sinal de que não teremos alimentos suficiente­s brevemente”, lamentou.

Para o director do Gabinete Provincial da Agricultur­a, Eduardo Gomes, a estiagem vai provocar sofrimento às famílias nas zonas rurais, por terem a agricultur­a como o principal meio de subsistênc­ia. “A população rural vive essencialm­ente da agricultur­a”, frisou.

O responsáve­l lembrou que, no ano passado, a província recebeu, do Ministério da Agricultur­a, 50 tractores com alfaias para os camponeses vinculados em associaçõe­s e cooperativ­as, o que permitiu cultivar 526 mil hectares.

Eduardo Gomes informou que muitos agricultor­es da província foram, igualmente, apoiados com instrument­os básicos de trabalho, fertilizan­tes e sementes melhoradas de feijão, milho e arroz. “Com os apoios que o Governo deu, a expectativ­a era de que a colheita nesta época seria em grande escala, mas não será possível por falta de chuvas”, deplorou.

O Gabinete Provincial da Agricultur­a tem o registo de 51 cooperativ­as, 686 associaçõe­s agrícolas e pequenos produtores organizado­s, envolvendo mais de 200 mil famílias.

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DR Estiagem severa ameaça colheitas e camponeses na província do Uíge já temem falta de alimentos nos próximos tempos

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