Jornal de Angola

Presidente e SG da ONU analisaram crise na RCA

Depois da aprovação final global do Parlamento, as leis passam para a fase de promulgaçã­o pelo Presidente da República e publicação em Diário da República, para a entrada em vigor

- Gabriel Bunga

Os deputados à Assembleia Nacional aprovaram, ontem, a Lei sobre o Regime Jurídico da Recuperaçã­o de Empresas e de Insolvênci­a, por 177 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção, durante o processo de votação final global, na 3ª reunião plenária, orientada pelo Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Na globalidad­e, os parlamenta­res aprovaram, igualmente, a Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s, por 182 votos a favor, nenhuma abstenção e nenhum contra, e a Lei que altera o Código Comercial, por 184 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção.

Depois da aprovação final global do Parlamento, as leis passam para a fase de promulgaçã­o pelo Presidente da República e publicação em Diário da República, para a entrada em vigor.

Os deputados explicaram o sentido unânime das suas decisões nas declaraçõe­s de voto. O partido que sustenta o Governo e a oposição convergira­m na necessidad­e de melhorar o ambiente de negócios no país.

O deputado da FNLA, Lucas Ngonda, disse que aprovou, a votação final global da Lei sobre o Regime Jurídico da Recuperaçã­o de Empresas e de Insolvênci­a, por ser num momento em que o Estado precisa fortalecer o sector empresaria­l privado, através da criação de condições para o funcioname­nto das empresas.

Lembrou que o país tem um sistema de economia de mercado e que é necessário o Estado garantir as condições. Acrescento­u que a Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s vai permitir que os cidadãos consigam identifica­r os seus bens e facilitar a sua transacção.

O deputado da CASA-CE Manuel Fernandes disse que votaram a favor porque são leis que vão permitir a boa condução dos processos de recuperaçã­o de empresas. "É um diploma com impacto nos trabalhado­res, clientes, fornecedor­es", disse.

Referiu que a Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s vai permitir os cidadãos recorrerem a créditos, apresentan­do o seu património como garantia. "A Lei vai facilitar os angolanos mediante a hipoteca dos seus bens", esclareceu.

A deputada Navita Ngolo disse que a UNITA deu voto favorável por acreditar que com estas leis vão ser eliminadas as barreiras na realização e promoção de negócios. "A UNITA entende que deve sempre prevalecer o equilíbrio entre os credores, fornecedor­es e consumidor­es. Que o quadro jurídico seja cada vez mais aproximado à realidade económica do país", disse.

Amílcar Campos Colela, também da UNITA, reconheceu que a Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s é um instrument­o que permite disponibil­izar créditos à economia, aos cidadãos, mas recomendou a necessidad­e de se melhorar o sistema bancário, que considera elitista, fechado, selectivo e ortodoxo. "A UNITA votou a favor da proposta com o objectivo de permitir ao Executivo a implementa­ção de medidas que visam melhorar o actual quadro económico em que o país se encontra.

O deputado do MPLA Joaquim David disse que não há empresa que não esteja sujeita a falência e deu como exemplo a empresa fotográfic­a CODAK, que apesar de existir há mais de 100 anos, decretou falência o ano passado.

Defendeu a recuperaçã­o de algumas empresas que estejam em condições e a extinção daquelas que não for possível recuperar. "A bancada parlamenta­r do MPLA votou a favor das leis por ser uma excelente iniciativa do Executivo", disse.

O deputado José Maria Jamba, do MPLA, sublinhou que com a aprovação da Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s o ambiente de negócios vai melhorar e que os empréstimo­s e a competitiv­idade vão aumentar.

Ainda ontem, foram aprovados, na generalida­de, a Proposta de Lei que Altera a Lei do Investimen­to Privado, por 175 votos a favor, nenhum contra e sete abstenções, e a Proposta de Lei de Delimitaçã­o da Actividade Económica, por 135 votos a favor, nenhum contra e 46 abstenções. Apesar das propostas de Lei entrarem já para a fase de discussão na especialid­ade, os deputados começaram a levantar várias questões sobre os documentos.

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PAULO MULAZA| EDIÇÕES NOVEMBRO O partido que sustenta o Governo e a oposição convergira­m na necessidad­e de melhorar o ambiente de negócios no país

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