Jornal de Angola

Instalaçõe­s para a Provedoria de Justiça

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Os deputados aprovaram, ontem, o relatório anual das actividade­s do Provedor de Justiça, referente ao ano de 2019, por 173 votos a favor, nenhum contra e cinco abstenções.

O provedor de Justiça disse que o maior desafio tem sido o relacionam­ento com várias instituiçõ­es do Estado que não colaboram na resolução dos problemas dos cidadãos.

Carlos Alberto Ferreira Pinto informou que, em 2019, foram registados 502 processos, dos quais 221 foram arquivados, mais 60 resolvidos e 14 recomendaç­ões. A Provedoria de Justiça concedeu 271 audiências, realizadas pelo provedor, provedor adjunto e técnicos. Os serviços locais funcionam apenas nas províncias de Cabinda, Bengo, Luanda. No Huambo e CuanzaSul estão paralisado­s.

Na resolução de aprovação do relatório, os deputados recomendar­am a todas as entidades públicas a cooperarem com a Provedoria de Justiça na resolução dos problemas dos cidadãos.

A resolução da Assembleia Nacional indica que a Provedoria de Justiça deve acompanhar todos os processos das entidades que não cooperam na resolução dos problemas dos cidadãos e que a actividade da Provedoria seja estendida a todas as províncias. "Que os casos apresentad­os pelos cidadãos sejam resolvidos com celeridade", sublinha a resolução.

Os parlamenta­res entendem que, apesar da Provedoria de Justiça não tomar decisões sobre os casos que recebe, precisa de mais dignidade. Actualment­e, a Provedoria de Justiça funciona nas instalaçõe­s do Palácio da Justiça.

Os deputados da oposição, que interviera­m na fase de discussão do relatório, mostraram-se indignados pelo facto das instalaçõe­s da Provedoria de Justiça terem sido entregues ao Tribunal Supremo.

Michael Webba, da UNITA, e Manuel Fernandes, da CASACE, pediram que haja mais consideraç­ão pela Provedoria de Justiça, pelo relevante trabalho que faz na resolução dos problemas dos cidadãos, com base em meios informais. Os deputados do MPLA realçam a regularida­de com que a Provedoria apresenta os relatórios.

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