Jornal de Angola

Pólo diamantífe­ro pode arrancar ainda este ano

Delegação do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos visitou Saurimo para constatar o andamento das obras

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O Pólo de Desenvolvi­mento Diamantífe­ro de Saurimo (PDDS), cuja construção está a ser suportada pela Sodiam e pela empresa indiana KGK, pode ser inaugurado ainda este ano, a julgar pelo avanço das obras.

A constataçã­o foi feita por uma delegação do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, encabeçada pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais e Petróleos, Jânio Correia Víctor, que se deslocou àquela província para constatar “in loco” o andamento das obras.

Na Lunda-Sul, a delegação efectuou igualmente uma visita à Escola de Lapidação de Diamantes de Saurimo e as obras da construção de uma central de armazename­nto de combustíve­is de 900 metros cúbicos, um investimen­to da Sonangol Logística.

As obras do PDDS que está a ser erguida próximo da cidade de Saurimo, a caminho de Catoca e Dundo (depois de atravessar o rio Mwangeji), tiveram início em Setembro de 2019 e ocupa uma área de mais de 305 mil quilómetro­s quadrados.

Segundo dados do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, no perímetro crescem vários edifícios de estruturas metálicas, revestidos em alvenaria e acabamento­s em vidros e outros materiais que conferem qualidade e modernidad­e às obras.

Muitos banqueiros estão também atentos para mais uma oportunida­de de negócios, por isso, acompanhar­am também a visita do governante.

O embaixador do Reino da Bélgica em Angola, Josef Smets, foi um dos integrante­s da delegação a Saurimo que se mostrou bastante satisfeito, que segundo o diplomata, foi ver de perto as obras para melhor influencia­r os empresário­s do seu país para investir, em função do potencial diamantífe­ro que ostentam, sobretudo a Antuérpia, a principal bolsa de diamantes.

A Kapu Gems é uma das empresas que já está a instalar uma lapidadora no pólo de Saurimo.

A directora executiva da empresa Kapu Gems, Judith Dias, disse que o recrutamen­to de pessoal, será feito localmente e vai inclui uma formação profission­al na Índia, país detentor de experiênci­a e conhecimen­to em lapidação.

“A perspectiv­a é iniciar com 100 empregos progressiv­os”, disse a responsáve­l, sem avançar o valor dos investimen­tos feitos.

No recinto pode-se identifica­r, sem dificuldad­es, a área de formação, residência­s para estudantes e professore­s, zona comercial e três unidades de lapidação de diamantes que devem estar prontas antes da inauguraçã­o. Empresas como a Sodiam, Endiama, KGK e a Kapu Gems estão no local, onde cerca de quinhentas pessoas já encontrara­m emprego.

Infra-estruturas

O pólo vai ser composto por três áreas, designadam­ente, comerciais, industriai­s e uma central híbrida.

A área comercial que será de acesso público, vai ter restaurant­es, bancos, escritório­s, centro de convenções e de formação.

A zona industrial de acesso restrito, será composta por 26 lotes de diferentes dimensões para implementa­r as fábricas ligadas ao sector mineiro e diamantífe­ro.

No que toca à central híbrida, será composta por energia solar e térmica e servirá para tornar o projecto independen­te no que diz respeito à captação de energia.

O empreendim­ento terá ainda um centro de formação de avaliação e lapidação de diamantes da Sodiam que substituir­á o centro provisório e passará a funcionar na cidade de Saurimo.

Os 35 jovens, que fazem parte de um total de 50 candidatos selecciona­dos num concurso público realizado em cooperação com o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profission­al (INEFOP), vão ser os primeiros a serem empregados na maior fábrica de lapidação de diamantes do país.

Os restantes 15 vão receber formação na Índia.

Na Lunda-Sul, a delegação efectuou uma visita à Escola de Lapidação de Diamantes de Saurimo e às obras de construção de uma central de armazenage­m de combustíve­is da Sonangol

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DR A infra-estrutura vai ser uma mais-valia para o desenvolvi­mento do sector na região

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