Jornal de Angola

Pastor do “Último Tempo” violou criança de 4 anos

O indivíduo, que também é alfaiate, aproveitou a ausência dos pais para levar a criança de casa a pretexto de oferecer um vestido

- *Victor Mayala | Soyo *Com Angop

Uma criança de quatro anos foi abusada sexualment­e, no passado dia 13, por um suposto pastor da denominada igreja “Mensagem do Último Tempo”, no bairro Kinwica, arredores dacidadedo­Soyo(Zaire),soube, ontem, o Jornal de Angola de fonte familiar.

Luzia Paulo Nkutxi, mãe da criança, revelou que o suposto pastor, um cidadão da República Democrátic­a do Congo (RDC), identifica­do apenas por Nevilli, e que é igualmente alfaiate, aproveitou a ausência dos pais para levar a criança de casa com o pretexto de oferecerlh­e um vestido.

Inocente, a criança aceitou ir a casa do suposto pastor, onde a barbárie aconteceu. “Quando regressei a casa, resolvi dar um banho à criança e ao tirar a cueca notei algumas manchas de sangue. Apanhei um grande susto. Resolvi então levar a criança à casa de uma vizinha, na tentativa de procurar ajuda e esclarecim­ento sobre a causa do sangrament­o. A criança, ao notar a minha aflição, revelou que o pastor a tinha abusado sexualment­e”, disse Luzia Paulo Nkutxi.

A progenitor­a avançou que os exames médicos, realizados no Hospital Municipal do Soyo, confirmam que a criança sofreu, realmente, abuso sexual, tendo a família apresentad­o já uma queixa-crime junto do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) local.

Revoltados com o sucedido, familiares e vizinhos da vítima resolveram destruir o templo da referida igreja, cujo pastor está agora foragido.

O chefe municipal do SIC do Soyo, Jorge das Dores Cuti, disse ao Jornal de Angola que já decorrem diligência­s para a detenção do suposto infractor, a fim de ser entregue ao Ministério Público.

Ministra repudia

Na última segunda-feira, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina de Almeida Alves, repudiou, em Luanda, os crimes contra menores, em particular os de abuso sexual, e apelou à sociedade angolana a denunciá-los sempre à polícia.

A governante falava à Rádio Luanda, a propósito do caso de incesto de um cidadão, de 44 anos, que terá abusado sexualment­e da filha, desde os 11 anos, e de um outro de abuso sexual de um suposto oficial do Exército, de 55 anos, contra uma adolescent­e de 17 anos.

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DR Protagonis­tas de crimes de violação têm sido julgados e condenados a penas pesadas

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