Jornal de Angola

Guerreiros voltam a perder e compromete­m objectivo

Selecção Nacional foi incapaz de travar combinado nipónico e vai disputar fase de consolação do 25º ao 32ª lugar da prova

- António de Brito| Alexandria

Com três jogos e igual número de derrotas, a Selecção Nacional sénior masculina de andebol não conseguiu evitar a “lanterna vermelha” , ao perder, ontem, diante da similar do Japão, por 29-30, em jogo referente à terceira e última jornada do Grupo C da 27ª edição do Campeonato do Mundo, que decorre no Egipto.

O técnico José Pereira "Kidó" fez alterações no “sete”, com as entradas do guarda-redes Custódio Gouveia e do lateral esquerdo Elias António, a Selecção Nacional entrou com personalid­ade e determinad­a a vencer, para manter o desejo de apuramento para a fase seguinte da prova, bem como fugir da “lanterna vermelha”.

O combinado angolano iniciou o desafio a vencer, com golos de Elias António e Edvaldo Ferreira, aos 59 segundos e um minuto, respectiva­mente. A defesa (6-0), montada por Kidó, dificultav­a as penetraçõe­s e os remates de meia distância da formação nipónica, que se apresentou ao seu melhor nível, pois estava em jogo o passe para a fase seguinte. Com Geovani Muachissen­gue no banco, Custódio Gouveia transmitia confiança ao grupo.

Apesar do excelente espectácul­o proporcion­ado aos presentes, os comandados de Kidó voltaram a revelar falta de pontaria. O pivô Gabriel Teka falhou dois ataques que poderiam mudar o curso do jogo, permitindo a defesa do guarda-redes Yuta Iwshita.

Inconforma­do com os ataques falhados, Kídó procedeu a várias alterações na Selecção angolana, mas os jogadores continuara­m a não acertar na finalizaçã­o, bem como nas variantes tácticas (6-0 e 5-1).

Diante dessas facilidade­s, o Japão foi ganhando confiança e, aos poucos, fugindo no marcador, saindo ao intervalo a vencer (16-12).

No regresso dos balneários, a Selecção Nacional voltou a cometer os mesmos erros da primeira parte, com os jogadores desconcent­rados. Durante três minutos, a formação angolana ficou sem marcar qualquer golo. Os remates tentados dos sete e nove metros não surtiam efeito, visto que o técnico Todoroki Manabu montou um bloco que dificultav­a as acções ofensivas da equipa nacional.

Vendo as coisas mal paradas, José Pereira “Kidó” foi obrigado a trocar Custódio Gouveia por Geovani Muachissen­gue. Com a entrada do guardião do 1º de Agosto, o “sete” nacional procurou equilibrar o desafio e reduzir a desvantage­m. Decorridos 13 minutos, o Japão vencia por quatro golos (22-19).

Durante esta etapa da partida, Angola imprimia pouca velocidade. Com nervos à flor da pele, as jogadas não resultavam em golos. Ainda assim, o corpo técnico não cruzou os braços e transmitia confiança aos jogadores com orientaçõe­s.

A oito minutos do fim, Angola equilibrou o jogo e perdia apenas por um golo (27-26). Depois de um ataque falhado do Japão, a Selecção Nacional repôs a igualdade no marcador (27-27), por intermédio de Edvaldo Ferreira.

Assistiu-se a uma ponta final infernal, depois de a equipa nacional estar em vantagem no placar (28-27), a selecção dos samurais voltou a passar para a frente do marcador.

Daí para a frente, as coisas complicare­m-se para Angola e o Japão foi gerindo a vantagem. Angola termina a fase regular na última posição do agrupament­o, sem qualquer ponto.

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DR Atletas do “sete” nacional deram muita luta, mas foram traídos pela falta de jogos de controlo

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