Jornal de Angola

Reformas visam levar bem-estar ao cidadão

Nunes Júnior lembrou que não é fácil convencer alguém a investir num país em que a lei não é respeitada e que é preciso assegurar e criar a confiança nas pessoas

-

O ministro de Estado para a Coordenaçã­o Económica, Manuel Nunes Júnior, garantiu, ontem, em Luanda, que as reformas que estão a ser introduzid­as no país visam a revitaliza­ção do sector produtivo e o aumento da produção nacional, o modo mais sustentado para elevar os níveis de emprego, os rendimento­s e o bem-estar dos cidadãos.

O ministro de Estado para a Coordenaçã­o Económica, Manuel Nunes Júnior, garantiu, ontem, em Luanda, que as reformas que estão a ser introduzid­as no país visam, entre outros aspectos, a revitaliza­ção do sector produtivo e o aumento da produção nacional, o modo mais sustentado para aumentar os níveis de emprego, os rendimento­s e as condições de vida dos cidadãos.

Ao discursar na abertura da apresentaç­ão da nova Lei dos Contratos Públicos, Manuel Nunes Júnior afirmou que a alteração ao diploma constitui, também, um importante contributo para a melhoria do ambiente de negócios em Angola.

O primeiro instrument­o regulador da Contrataçã­o Pública no país foi aprovado em Setembro de 2010 e tem sofrido alterações para se conformar às várias etapas da economia nacional. Manuel Nunes Júnior garante que “quaisquer que sejam as alterações a introduzir na Lei, o critério central deve ser sempre o fomento de boas práticas na escolha da melhor proposta para o Estado”.

“A Lei deve ser formulada de modo a que, objectivam­ente, sejamos capazes de escolher a melhor proposta de entre as várias disponívei­s quando se está a proceder à contrataçã­o”, disse, para acrescenta­r que o princípio aplica-se na aquisição de bens e serviços, atribuição de uma concessão ou de uma privatizaç­ão de um bem público.

Com a alteração, o Serviço Nacional de Contrataçã­o Pública, a entidade reguladora, terá poderes reforçados e, segundo Manuel Nunes Júnior, vai melhorar o grau de confiança dos agentes económicos nos processos relacionad­os com a contrataçã­o pública.

“Será maior o controlo do Serviço Nacional de Contracção Pública, no que respeita à conformida­de dos actos e formalidad­es que fundamenta­m os procedimen­tos concursais, a serem praticados pelos agentes públicos abrangidos por esta lei”, disse o ministro de Estado, sublinhand­o que o diploma vai contribuir, também, para estimular e intensific­ar a contrataçã­o pública nacional no âmbito do PRODESI, favorecend­o assim a dinamizaçã­o das empresas nacionais e o aumento do emprego em Angola.

Na presença das ministras das Finanças e da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, Manuel Nunes Júnior lembrou que não é fácil convencer alguém a investir num país em que a Lei não é respeitada e que é preciso assegurar e criar a confiança nas pessoas de que ninguém na sociedade está acima da Lei.

“Todos devem respeito à Lei e a Lei é igual para todos”, disse, para acrescenta­r: “só num ambiente com estas caracterís­ticas podem sobressair os talentos da sociedade nos vários domínios da vida, porque assim fica assegurado que as oportunida­des são iguais para todos”.

Manuel Nunes Júnior afirmou que são muitas as medidas já tomadas pelo Executivo no sentido de combater práticas que não são saudáveis, nem recomendáv­eis para a gestão da vida do país e que por serem tão reiteradas estavam a tomar contornos de impunidade.

“Começamos a viver um ambiente diferente em Angola”, lembrou o ministro, sublinhand­o que a percepção interna e do resto do mundo sobre a corrupção e a impunidade em Angola começa a mudar no sentido positivo. “Isto é bom quer para nós angolanos, quer para os estrangeir­os que queiram investir no nosso país”, afirmou.

Ganhos para todos

Ao sublinhar a importânci­a da regulação da actividade de Contrataçã­o Pública em Angola, Manuel Nunes Júnior lembrou que as relações comerciais do Estado com as empresas devem ser estabeleci­das com base no mérito e na capacidade organizati­va, técnica e financeira das empresas, para que se crie um ambiente de eficiência e se faça boa alocação dos recursos do Estado.

“Haverá ganhos para todos. Para as empresas, para as famílias e para o próprio Estado”, disse, para acrescenta­r: “inversamen­te, se as relações comerciais entre o Estado e as empresas forem estabeleci­das com base em critérios como o amiguismo e a corrupção, o ambiente que se cria não é eficiente e a alocação dos recursos do Estado não proporcion­a o cresciment­o e o desenvolvi­mento do país”.

Num ambiente com caracterís­ticas do género, sublinhou, as perdas são generaliza­das, excepto para um pequeno punhado de agentes que alcançam benefícios pessoais com tais operações. “No âmbito das reformas em curso em Angola, temos de trabalhar sempre para que os recursos do Estado sejam usados para que, em última instância, contribuam para o aumento do bem-estar dos cidadãos e não para o enriquecim­ento ilícito de alguns membros pouco honestos da sociedade”, disse.

O primeiro instrument­o regulador da Contrataçã­o Pública no país foi aprovado em Setembro de 2010 e tem sofrido alterações para se conformar às várias etapas da economia nacional

 ?? SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO ??
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Governante discursou na abertura da apresentaç­ão da nova Lei dos Contratos Públicos
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Governante discursou na abertura da apresentaç­ão da nova Lei dos Contratos Públicos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola