Jornal de Angola

Ensino primário preparado para o regresso às aulas

- Kayila Silvina | Mbanza Kongo

O director do Gabinete Provincial de Educação no Zaire, José Luís Amélia, garantiu, ontem, em Mbanza Kongo, que todos os estabeleci­mentos de ensino primário têm as condições criadas para o reinício das aulas nas classes de transição.

José Amélia fez saber que, para a segurança das crianças, a direcção da Educação, em parceria com as autoridade­s sanitárias a nível de todos os municípios, desenvolve acções de limpeza e desinfecçã­o das salas no fim de cada turno, um processo que se realiza desde Outubro.

Afirmou que as direcções de escolas já reuniram com os pais e encarregad­os de educação para manterem o controlo e acompanham­ento dos educandos sobre o uso correcto da máscara facial e lavagem das mãos.

“As direcções de escolas vão contar com apoio dos pais e encarregad­os de educação para o cumpriment­o das medidas de biossegura­nça”, disse José Amélia.

Questionad­o sobre a existência de equipas de supervisão para o controlo do uso correcto da máscara facial nas escolas, explicou que a nível da província do Zaire, os estabeleci­mentos escolares contam com um número reduzido de efectivos, situação que obriga o professor a desempenha­r duas funções: ensinar e fiscalizar o uso correcto de máscara facial.

“Os professore­s vão ter duas tarefas, nomeadamen­te transmitir conhecimen­tos aos alunos e controlar o cumpriment­o das medidas de biossegura­nça no recinto escolar, como o uso correcto de máscara facial e a lavagem das mãos”, disse José Luís Amélia. O Jornal de Angola constatou que em algumas escolas onde se leccionam as classes de transição do ensino primário, nomeadamen­te 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª classes, foram instalados pequenos fontenário­s e reservatór­ios de água.

O director do complexo escolar nº1 em Mbanza Kongo, Eduardo Mamona Seles, assegurou que a escola já tem torneiras com água e dispõe de sabão para a lavagem das mãos.

Acrescento­u que as salas estão reestrutur­adas para o cumpriment­o do distanciam­ento físico, principalm­ente as turmas com mais de 40 alunos. “Todas as salas foram repartidas em dois grupos e as aulas terão a duração de duas horas cada. Durante as aulas, os alunos não poderão ir às carteiras dos colegas ou trocar meios didácticos, como esferográf­icas, réguas, lápis, corrector e outros meios”, avançou.

Eduardo Seles apelou aos pais e encarregad­os de educação para aconselhar­em os educandos para a observânci­a das medidas de biossegura­nça, evitando abraços, troca de máscaras faciais e materiais didácticos.

“A instituiçã­o vai adoptar todas as medidas com vista a impedir o acesso de alunos sem máscara facial”, garantiu.

A directora da escola missionári­a católica Santo António, em Mbanza Kongo, Inês Mateus Diogo Paulo, afirmou que o retorno às aulas nas classes de transição obrigou a instituiçã­o a criar condições de biossegura­nça, como a construção de chafarizes para lavagem das mãos e a divisão das turmas para cumprir o distanciam­ento físico.

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