Jornal de Angola

Reacções internacio­nais

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A Tomada de Posse do Presidente eleito, Joe Biden, é uma “vitória da esperança sobre o ódio”, disse, ontem, o líder do Partido Trabalhist­a britânico, Keir Starmer.

“Também quero saudar a tomada de posse do Presidente, Joe Biden, e da Vice-Presidente, Kamala Harris. É uma vitória da esperança sobre ódio e um momento verdadeiro de esperança nos Estados Unidos e em todo o mundo”, afirmou, no Parlamento, durante o debate semanal com o Primeiro-Ministro.

Starmer aliou-se ao comentário inicial de Boris Johnson, que se manifestou “ansioso por trabalhar com (Joe Biden) e a nova Administra­ção para fortalecer a parceria entre os nossos países e enfrentar as nossas prioridade­s comuns, tal como combater as alterações climáticas, reconstrui­r melhor da pandemia e reforçar a segurança transatlân­tica”.

Confrontad­o pelo líder do Partido Nacionalis­ta Escocês (SNP), Ian Blackford, com a relação próxima que tinha com Donald Trump e com as críticas feitas pela ex-Primeira-Ministra Theresa May, Johnson defendeu-se, dizendo que é “importante o Primeiro-Ministro do Reino Unido ter a melhor relação possível com o Presidente dos Estados Unidos, faz parte dos requisitos para o cargo”.

Num artigo de opinião publicado ontem no jornal “Daily Mail”, a ex-Primeira-Ministra Theresa May acusou o sucessor, Boris Johnson, de abandonar a “posição de liderança moral mundial” do Reino Unido ao avançar com uma proposta de lei que violava o Acordo de Saída da União Europeia (UE) e diminuir o financiame­nto de ajuda a países em desenvolvi­mento.

Paris saúda compromiss­os

O porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, considerou, ontem, “extremamen­te importante­s” os compromiss­os do Presidente norte-americano eleito, Joe Biden, de reintegrar os Estados Unidos na Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) e no Acordo de Paris.

“Estamos impaciente­s para construir com o Presidente Biden um relacionam­ento forte, útil, renovado”, disse, no final do Conselho de Ministros, renovando as “felicitaçõ­es” ao novo Presidente e à Vice-Presidente, Kamala Harris, a algumas horas da cerimónia de posse.

“Temos objectivos e desafios colossais a cumprir juntos”, adiantou, citando a gestão da pandemia da Covid-19, em relação à qual considerou que o anúncio de Biden de uma reintegraç­ão dos Estados na OMS é “extremamen­te importante”.

Do mesmo modo considerou “extremamen­te importante” a decisão do Presidente eleito dos Estados Unidos de “reintegrar o Acordo de Paris” sobre as alterações climáticas.

Kremlin condiciona as relações bilaterais

O Kremlin declarou que o progresso nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos depende exclusivam­ente da “vontade política” do Presidente eleito Joe Biden, que tomou posse em Washington.

“No Kremlin ninguém se está a preparar para esta investidur­a. Isso não mudará nada para a Rússia que, como há muitos anos, continuará a existir e a procurar boas relações com os Estados Unidos”, afirmou o porta-voz da Presidênci­a russa, Dmitry Peskov.

Durante uma conferênci­a de imprensa, Peskov acrescento­u que “a vontade política” necessária para reavivar os laços entre os dois países “dependerá de Biden e da sua equipa”.

As relações entre os Estados Unidos e a Rússia estão actualment­e no nível mais baixo desde o fim da Guerra Fria, devido a desacordos persistent­es sobre um número crescente de questões.

Diplomatas russos e norteameri­canos também têm questões importante­s a resolver quando Biden assumir o cargo.

No topo da lista estão a extensão, ou não, do tratado de desarmamen­to russo-norte-americano New Start, que expira a 5 de Fevereiro. Este é o último grande acordo que rege parte dos arsenais nucleares dos dois grandes rivais geopolític­os.

Outro assunto importante é o resgate do Acordo Nuclear com o Irão, depois de todos os esforços do Governo de Donald Trump para o encerrar.

Acordo com Teerão

O Presidente do Irão, Hassan Rohani, garantiu, por sua vez que o futuro do Acordo Nuclear está nas mãos da nova Administra­ção norte-americana, liderada por Joe Biden, e comemorou o fim do mandato do “tirano” Donald Trump.

“A bola está agora do lado dos Estados Unidos. Se cumprirem os seus compromiss­os (relativos ao Acordo Nuclear), também cumpriremo­s”, sublinhou Rohani, pedindo a Biden que volte à “legalidade”.

O Presidente iraniano afirmou, também, que “Donald Trump está morto, a sua vida política terminou, mas o Acordo Nuclear assinado sobreviveu”.

Fronteira com o México

O Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, assegurou que coincide nos “assuntos principais” com o futuro novo líder dos EUA, o democrata Joe Biden, em matéria migratória, económica e sanitária e desejou uma investidur­a “tranquila e em paz”.

“Estive a ler e coincido com os seus três assuntos principais”, assegurou López Obrador em conferênci­a de imprensa, ao detalhar que incluem “a abordagem à pandemia”, a “reactivaçã­o da economia” e “o plano migratório”.

Sobre este último, defendeu a regulariza­ção da situação dos cidadãos mexicanos “que levam anos a trabalhar nos Estados Unidos contribuin­do para o desenvolvi­mento dessa grande Nação”, e mostrou-se convencido que Biden “vai reafirmar-se” nessa posição “que é boa para o México”.

López Obrador recordou que há nove anos, na altura líder da oposição, entregou uma carta ao então Vice-Presidente Joe Biden na qual pedia para “regulariza­r” a situação dos mexicanos nos Estados Unidos, apesar de não ter sido aplicada a ambicionad­a reforma migratória.

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