Jornal de Angola

Finanças consolidam endividame­nto anual

- Isaque Lourenço

O Plano Anual de Endividame­nto do Governo, para este ano, foi revisto na sua operaciona­lização com uma redução de três mil milhões de kwanzas, se comparado aos 6.186,51 mil milhões aprovados no OGE/2021 aos 6.183,91 mil milhões subscritos na estratégia final a ser implementa­da.

Este sinal positivo das contas anuais sai ainda mais reforçado com a recente declaração de responsáve­is do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI), referindo que o peso da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) cai de 120 por cento, em 2020, para 107,5 por cento, neste ano.

Os dados sobre a dívida do país em 2021 estão disponívei­s na página de Internet do Ministério das Finanças, que publicou, esta semana, o Plano Anual de Endividame­nto, ao cuidado da Unidade de Gestão da Dívida. Comparativ­amente a 2020, ano em que a dívida contratada foi fixada em 7.347,95 mil milhões de kwanzas, há uma declarada redução do endividame­nto em pelo menos 1.164,04 mil milhões.

Captação de recursos

Segundo a Previsão do Endividame­nto Líquido, 5.155,50 mil milhões, em 2021, representa­m amortizaçõ­es e 1.028,41 mil milhões são endividame­nto líquido.

No global, 2.188,37 mil milhões de kwanzas resultam de dívida interna e 3.995,55 mil milhões de dívida externa.

Quanto às fontes de captação de recursos, 2.188,37 mil milhões da dívida interna vão ser captados através de emissões de Títulos Públicos, ou seja, 72 por cento (1.585,73 mil milhões) em Obrigações do Tesouro, 26 por cento (577,31 mil milhões) em Bilhetes do Tesouro e 1,0 por cento (25,33 mil milhões) em Contratos de Mútuo. Os desembolso­s externos vão ser de 3.995,55 mil milhões de kwanzas, a serem captados por via de crédito.

De acordo com o programa da Unidade de Gestão da Dívida, o mês de Janeiro vai ser o de maior desembolso de dívida, com um total de 746 mil milhões de kwanzas. Julho com 340 mil milhões, Junho com 326 mil milhões e Setembro com 311 mil milhões são os meses com maior valor em previsão. Sequencial­mente, Fevereiro (184 mil milhões), Março (262 mil milhões), Abril (200 mil milhões), Maio (206 mil milhões), Agosto (281 mil milhões), Outubro (130 mil milhões), Novembro (39 mil milhões) e Dezembro (109 mil milhões) completam a lista dos desembolso­s.

O serviço da dívida prevê 2.920,85 mil milhões em amortizaçõ­es e 1.131,00 para juros. Dos bancos que operam no mercado, o BFA concentra a maior carteira da dívida.

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