Fuga à paternidade
Soube que um número elevado de pessoas fogem à paternidade, não se importando com o registo dos filhos e com a prestação de alimentos. Entre as pessoas que fogem à paternidade figuram indivíduos que têm um emprego e que, depois dos seus filhos virem ao mundo, argumentam que não têm dinheiro para sustentar dez, 15 ou vinte filhos. Há quem ache que os filhos feitos fora do casamento ou fora da primeira relação não têm prioridade. Que o Instituto Nacional da Criança faça um trabalho de esclarecimento sobre o que dizem as leis sobre a fuga à paternidade. As pessoas precisam de ser recordadas de que há consequências legais para os casos de fuga à paternidade. Há crianças que sofrem muito por falta de prestação de alimentos por parte dos progenitores. Costuma-se dizer que os filhos não pedem para vir ao mundo. Quem entendeu fazê-los, deve assumir as suas responsabilidades, independentemente da sua condição social. Sou da opinião de que se deve começar a denunciar as pessoas que fogem à paternidade. Há entre os que fogem à paternidade pessoas que têm condições para sustentar os seus filhos, mas não o fazem. Que se criem mecanismos para que parte dos rendimentos dos que fogem à paternidade sejam destinados aos seus filhos, em processos justos. A criança deve ser permanentemente protegida, sob pena de aumentar o número de meninos de rua, com todas as consequências que todos nós conhecemos.
MARGARIDA ESTÉVÃO Samba