Carnaval Live 2021 ao ritmo da Kazucuta e do Semba
Ao ritmo da Kazucuta e do Semba, 16 grupos carnavalescos, da classe B de adultos, da província de Luanda, desfilaram ontem charme e talento no Carnaval Live, realizado no Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), no bairro Camama, município de Belas, província de Luanda. O primeiro grupo a desfilar, ao ritmo do Semba, foi o União Nova Geração do Mar, do distrito urbano da Samba. O histórico grupo União Operário Kabocomeu, do município do Sambizanga, fundado em Janeiro de 1952, foi a nona agremiação a desfilar no seu ritmo característico, a Kazukuta. Para o ministro Jomo Fortunato, realizar o Carnaval em tempo de pandemia foi uma decisão de suma importância cultural.
Uma exposição
fotográfica das indumentárias e dos instrumentos musicais utilizados pelos grupos do Uíge marca, este ano, as celebrações do Carnaval, informou, ontem, o director interino do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Gomes Costa.
A mostra, acrescentou, inclui, ainda, imagens de algumas danças e alegorias carnavalescas utilizadas pelos grupos locais. Patente desde o passado dia 11, a exposição que encerra hoje foi a forma mais simples de festejar o Carnaval em tempos de pandemia.
Durante estes dias foram, também, realizados debates radiofónicos para falar sobre o Carnaval ontem, hoje e a manhã, a contribuição deste na preservação da cultura. A organização almeja, ainda, realizar a “fogueira do Carnaval”, com diversos membros dos grupos carnavalescos e homenagear um dos agrupamentos locais.
“Vamos ajuntar membros da classe carnavalesca local, num mínimo de dez elementos, para reflectirmos aspectos ligados ao Entrudo e o papel deste na preservação da cultura. O grupo a ser homenageado vai receber um diploma de mérito e um incentivo monetário”, disse.
Apesar das inúmeras dificuldades, reconheceu, há empenho e dedicação de alguns grupos na busca dos valores culturais e já é notável certo progresso na preservação das danças e canções características da região. “Vamos continuar a apoiar directa ou indirectamente os grupos para que possam continuar a divulgar este legado”, destacou.