Distribuição de 500 viaturas vai em breve a concurso público
Segundo o ministro do Comércio e Indústria, os meios visam facilitar o escoamento da produção agrícola do campo para os principais centros comerciais do país
O programa de atribuição de 500 viaturas aos operadores de transporte de mercadorias vai ser submetido, brevemente, a concurso público, anunciou, no sábado, em Malanje, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes.
O programa de atribuição de viaturas aos operadores de transporte de mercadorias vai ser submetido, brevemente, a concurso público, anunciou, no sábado, em Malanje, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes. O Executivo aprovou um projecto que visa a atribuição de viaturas a 500 operadores económicos em todo o país, para facilitar o escoamento da produção agrícola do campo para os centros comerciais.
Victor Fernandes, que prestou a informação no final da visita do ministro de Estado para a Coordenação Económica à província de Malanje, explicou que, neste momento, estão a ser preparadas as peças concursais e todas as províncias vão beneficiar de algumas dessas viaturas, acrescentando que a distribuição vai ser feita de forma equitativa.
“Trata-se da compra e repassagem aos agentes económicos de um total de 500 viaturas, com a especificação técnica que permita que as mesmas possam circular nas zonas de difícil acesso”, disse.
O ministro da Indústria e Comércio informou que vão ser privilegiados todos os operadores que já exercem a actividade. “Todas as pessoas que tenham uma carrinha que já não esteja em boas condições técnicas e que prefiram trocá-la, desde que tenham as condições para depois fazer o desembolso, poderão, por via de concurso, ter acesso às viaturas”, esclareceu.
Segundo ainda Victor Fernandes, as viaturas serão distribuídas até Setembro deste ano aos potenciais beneficiários.
O titular da pasta da Indústria e Comércio informou que o critério para a atribuição das viaturas vai ser, necessariamente, com base no nível de produção de cada província, justificando que “nem todas as regiões do país têm a mesma capacidade de produção”.
O governante informou ainda que vão ser realizados encontros entre os órgãos técnicos dos ministérios da Indústria e Comércio e Agricultura e Pescas, bem como com as associações e operadores para a adopção de critérios para que a distribuição dos meios seja equitativa.
Cadastramento dos agentes Victor Fernandes explicou que o processo de cadastramento dos agentes económicos tem sido feito em colaboração com os governos provinciais. O trabalho consiste na recolha da maior parte dos operadores que estão em cada sector de actividade.
O ministro disse esperar que sejam contemplados, com alvarás e outros documentos necessários, os operadores que já exercem a actividade e precisam de melhorar os meios.
Relativamente à farinha de trigo, Victor Fernandes esclareceu que o sector tem acompanhado a evolução dos preços dessa matéria prima para o fabrico do pão, lembrando que o país tem três unidades produtoras de farinha de trigo com capacidade para produzir e satisfazer as necessidades do mercado nacional.
“O que acontece é que o trigo é importado e, às vezes, o preço lá fora aumenta. Isso tem reflexo nos preços no país”, argumentou o ministro.
Enquanto isso, frisou, foram adoptadas medidas no sentido de que, com a reserva estratégica alimentar já aprovada, se constitua um elemento que possa ir regulando e intervir sempre que se verifica uma tendência especulativa.
“Com a reserva estratégica alimentar, já aprovada pelo Executivo, contamos intervir no mercado para garantir que esta variação não seja tão impactante no preço da farinha de trigo”, sublinhou.
Farinha de trigo
O ministro defendeu a necessidade de se começar a estruturar as associações das indústrias panificadoras, para se estudar a possibilidade de introdução de uma percentagem da produção local da farinha da mandioca na de trigo.
“É uma ideia que estamos a trabalhar com os representantes das associações e achamos que podemos ir introduzindo, à semelhança de outros países, a percentagem da farinha de mandioca na farinha de trigo para garantir que os produtores da mandioca tenham onde vender e, consequentemente, o preço da farinha de trigo possa baixar por incorporação da farinha de mandioca”, sustentou.
O titular da pasta da Indústria e Comércio informou que o critério para a atribuição das viaturas vai ser, necessariamente, com base no nível de produção de cada província