Jornal de Angola

Semba e kazucuta dominam desfile dos grupos da classe B

Carnaval de Luanda, edição 2021, abriu na tarde de ontem, no Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), ao ritmo do semba e kazucuta

- Mário Cohen

Um total de 16 grupos carnavales­cos, da classe B de adultos, da província de Luanda, mostraram ontem o seu talento de semba e kazucuta no Carnaval Live, realizado no Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), no Camama, no município de Belas.

Apesar do espaço não ser apropriado para desfile carnavales­co, os grupos viveram com euforia a maior manifestaç­ão cultural do povo, em tempo de pandemia da Covid19. Reduzidos em apenas 25 elementos, os grupos demonstrar­am toda a sua ginga no palco do Centro de Produção da TPA, fazendo vibrar o público que assistiu ao espectácul­o através dos ecrãs da televisão.

Uma edição do Carnaval luandense atípico e dançado em formato diferente, por força da Covid-19, os grupos, apesar do tempo reduzido de preparação, souberam dignificar e prestigiar a presente edição do Carnaval de Luanda, embora no formato Live.

Os grupos tiveram muitas dificuldad­es para se adaptarem ao espaço e fazer as coreografi­as, devido ao número reduzido de integrante­s dos grupos que se apresentar­am ontem no Carnaval Live.

Ao ritmo do batuque, do chocalho e do reco-reco, o Carnaval Live de Luanda, edição 2021, foi uma verdadeira festa popular, apesar de ter sido realizado num espaço fechado, sem a presença do público e foliões. Apesar de não ser um Carnaval com carácter competitiv­o, a organizaçã­o vai premiar o melhor grupo, canção, corte e comandante.

O desfile dos grupos começou no palco do Centro de Produção da TPA e acabava no pátio, onde se encontrava­m outros elementos das agremiaçõe­s que não puderam se exibir por causa da limitação imposta pela organizaçã­o, devido a Covid-19.

O primeiro grupo a desfilar, ao ritmo do semba, foi o União Nova Geração do Mar, do distrito urbano da Samba, seguido do União 28 de Agosto, Unidos do Zango, União Kazukuta do Sambizanga , União Domant, União 17 de Setembro, Unidos do Kilamba Kiaxi.

O histórico grupo carnavales­co União Operário Kabocomeu, do município do Sambizanga, fundado em Janeiro de 1952, foi a nona agremiação a desfilar no seu ritmo caracterís­tico, a kazukuta. Por não conhecerem o recinto, bem como o ensaio de adaptação ao palco da festa do povo, alguns grupos mostraram falta de introsamen­to dos seus bailarinos que estão habituados a dançar na Marginal da Praia do Bispo.

Para o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, realizar o Carnaval em tempo de pandemia foi uma decisão de suma importânci­a cultural, apesar do reduzido número de intervenie­ntes da festa do povo.

Para Jomo Fortunato, o Carnaval Live tem uma grande dimensão simbólica, porque “nós não queríamos deixar passar o Entrudo em branco”. O Ministério aproveitou a oportunida­de para potenciar financeira­mente os grupos carnavales­cos.

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