“Zaire” em operações de combate à pirataria
O navio português Zaire esteve na passada semana empenhado em várias acções de combate à pirataria na Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe, onde se encontra há três anos em missão de capacitação operacional da Guarda Costeira.
A informação foi ontem divulgada pelo Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas (EMGFA) de Portugal, um dia depois de a Guarda Costeira de São Tomé ter emitido um comunicado em que diz ter recorrido a apoio internacional para responder a “um recrudescer de actos piratas de caris violento” nas suas águas nacionais.
De acordo com o EMGFA, “no dia 7 de Fevereiro, a pedido da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, o Zaire foi activado, para prestar auxílio ao navio mercante “Sea Phantom”, que estava a ser alvo de um ataque de piratas, a cerca de 120 quilómetros a nordeste da Ilha do Príncipe. Quando se encontrava a navegar para a posição do ataque, foi informado que o Sea Phantom já não necessitava de auxílio e que se iria dirigir para os Camarões”, relata o comunicado do EGMFA.
Um dia depois, houve informação “de novos ataques em curso, a dois navios mercantes (Seaking e Madrid Spirit), numa posição a cerca de 100 quilómetros a sudeste da ilha de São Tomé”, tendo-se o Zaire dirigido imediatamente para o local, onde “iniciou patrulha por forma a garantir a segurança da navegação e dissuadir os ataques dos piratas”.
No dia 9 de Fevereiro, o Zaire realizou o acompanhamento do navio mercante “African River”, de bandeira portuguesa, que atravessou a área e se encontrava em trânsito para Porto Gentil, no Gabão e, um dia depois, prestou auxílio ao navio mercante
Navio da marinha portuguesa empenhado no combate à pirataria
Maria E, “que tinha sofrido um ataque na véspera, e cuja tripulação se encontrava refugiada na cidadela do navio”.
“O Maria E foi acompanhado pelo Zaire durante mais de 13 horas e 250 quilómetros até efectuar a passagem em segurança a uma fragata da Guiné Equatorial, país para o qual o navio mercante se dirigia”, precisa o EstadoMaior-General das Forças Armadas Portuguesas.
No dia 11 de Fevereiro, prossegue o comunicado, o navio português “detectou e acompanhou a embarcação de pesca Liang Peng Yu até entrar em águas territoriais do Gabão”, que tinha sido alvo de um ataque de piratas que raptaram dez dos seus 14 tripulantes.
Na sexta-feira, o Zaire continuou a sua patrulha, tendo regressado no sábado à Baía de Ana Chaves.
“O navio português, actualmente operado por uma guarnição mista, constituída por militares portugueses e santomenses, prossegue a sua missão de capacitação da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, ilustrando a importância da cooperação bilateral entre estes dois países lusófonos, contribuindo,
através de um esforço conjunto, para a segurança na região”, destaca o comunicado do EGMFA.
No sábado, um comunicado da Guarda Costeira sãotomense referia-se a “incidentes graves de pirataria nas águas sob sua jurisdição”, em três dias consecutivos, a poucas milhas do arquipélago, mencionando igualmente ao apoio do navio português.
A Guarda Costeira diz ter sido, por isso, obrigada a “mover acções concretas junto das autoridades competentes nacionais” à procura de apoios “a nível regional e com parceiros internacionais”.
Este apoio, de acordo com o comunicado, destina-se “a que, de forma rápida e efectiva, São Tomé e Príncipe possa ser apoiado no combate a esta praga que ameaça cortar linhas marítimas de navegação internacional, assim como linhas que dão acesso às ilhas”.
Em Dezembro, quando esteve em São Tomé, o ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho, afirmou que o navio português Zaire, a operar naquela região há três anos, tem já fama mundial no combate à pirataria, sendo elogiado por países como a China.
A sonda dos Emirados Árabes Unidos (EAU) enviou a sua primeira imagem de Marte, alguns dias depois de entrar com sucesso na órbita do Planeta Vermelho, anunciou, ontem, em comunicado, a agência espacial daquele país. “A Missão Marte captou a imagem do maior vulcão do sistema solar, Olympus Mons, emergindo à luz do Sol na primeira hora da manhã”, refere a agência espacial.
A imagem foi captada a uma altitude de 24.700 quilómetros sobre a superfície marciana na quarta-feira, um dia depois da sonda se ter instalado na órbita de Marte.
O xeque Mohamed bin Rashid Al-Maktum, Primeiro-Ministro emirati e governador do Dubai, partilhou a imagem a cores num tuíte.“Primeira imagem de Marte captada pela primeira sonda árabe da história”, escreveu junto à foto.
“Esperança” tornou-se a primeira das três naves espaciais a chegar ao Planeta Vermelho, depois de a China e os Estados Unidos terem lançado missões em Julho, aproveitando um momento durante o qual a Terra e Marte estão mais perto. A missão emirati também tem como objectivo comemorar o 50º aniversário da unificação dos sete emirados que compõem a nação.
“Esperança” permanecerá na órbita de Marte pelo menos por um ano marciano, ou seja, 687 dias terrestres, implantando três instrumentos científicos para analisar a atmosfera marciana.