Sobrepesca está a extinguir o tubarão anequim
O apelo lançado recentemente pelos investigadores estava cientificamente fundamentado. Num artigo publicado na prestigiada revista Nature, Nuno Queiroz e colegas demonstraram que as zonas alvo de pesca comercial intensa, em águas internacionais, estão a sobrepor-se às áreas de maior importância ecológica para os tubarões como o anequim, o branco e o azul. E que as reservas destas espécies estão a diminuir perigosamente.
Apesar da inacção das autoridades políticas de Bruxelas, que se recusam a impor novas limitações a este tipo de pesca, o investigador português acredita que ainda é possível salvar da extinção esta rara espécie de tubarão.
Mas o anequim não é a única espécie de tubarão que está em risco. O mesmo sucede, por exemplo, com o tubarão-azul. O problema é que as artes de pesca ao atum e ao espadarte são indiferenciadas e matam tudo o que cai nas linhas dos palangres - que chegam a ter milhares de anzóis e estendemse por quilómetros. Para agravar a situação, a procura de barbatanas de tubarão para o mercado chinês faz com que todo o resto da carcaça do animal seja lançada à água.
Nuno
Queiroz também tem estudado o impacto que as alterações climáticas estão a ter no oceano e de que forma é que o aquecimento das águas, o aumento da acidez ou a diminuição de oxigénio está a afectar os predadores e os superpredadores. Uma investigação essencial para se conhecer a futura evolução das populações de peixes.
Apesar da inacção das autoridades políticas de Bruxelas, que se recusam a impor novas limitações a este tipo de pesca, o investigador português acredita que ainda é possível salvar da extinção esta rara espécie de tubarão. Mas o anequim não é a única espécie de tubarão que está em risco. O mesmo sucede, por exemplo, com o tubarão-azul. O problema é que as artes de pesca ao atum e ao espadarte são indiferenciadas e matam tudo o que cai nas linhas dos palangres - que chegam a ter milhares de anzóis e estendem-se por quilómetros