Legado passado no desfilar de rua em Viana
Adriano
e Joaquim Imperial, 10 e 11 anos, respectivamente, são irmãos e já dançam o Carnaval há três anos, no grupo Juventude do Capalanga. O sonho dos pequenos é ser um dia comandante dos infantis e conquistar um título na classe A. Os pequenos são os testemunhos vivos de que o legado está a ser passado. É um regalo os ver dançar. Tamanho não é documento. Franzinos, chamam a atenção do público pelos compassos sincronizados do gingar da dança.
O Carnaval continua vivo no quotidiano das comunidades, mesmo com as restrições impostas pela Covid-19. Os grupos carnavalescos Unidos Geração Sagrada, Juventude do Kapalanga e Unidos do Zango, todos de Viana, participam no sábado, na segunda edição do Carnaval de Rua, promovido pela administração
municipal local, acto realizado junto à vila sede.
Apesar do calor intenso que se faz sentir nos últimos tempos na capital do país, todos queriam fazer parte da festa. Na bancada “Vip” acompanharam atentamente
ao desfile da corte, o administrador de Viana, Fernando Manuel, e o director do Gabinete Provincial de Luanda da Cultura, Turismo, Juventude e Desporto, Manuel Gonçalves. No compasso da dizanda, kazukuta, semba e cabecinha os representantes de Viana mostraram-se preparados para representar fielmente o Município Satélite. Os grupos mostraram o melhor da “festa do povo” em pouco mais de uma hora de actuação. O desfile deu para aprimorar alguns detalhes, como corrigir falhas no posicionamento dos dançarinos e no cumprimento do tempo. Sem carácter competitivo e por respeito ao cumprimento legal das orientações do Ministério da Saúde, somente a ala da corte da classe dos adultos, A e B, desfilaram. O próximo ano será melhor como garantiu, ao Jornal de Angola, o administrador de Viana, que espera um bom desempenho nos grupos de Viana, na edição especial do Live Carnaval de Luanda, que este ano acontece no Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), no Camama.