Jornal de Angola

“Quanten” quer aplicar 3,5 mil milhões de dólares na refinaria

Ainda este mês iniciam as negociaçõe­s entre o vencedor e a Comissão de Avaliação indicada pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás para a definição dos critérios que poderão determinar a fase de arranque da construção

- Isaque Lourenço

O consórcio Quanten, integrado por três empresas norte-americanas (Quanten LLC, TGT Inc e Aurum & Sharp LCC) e uma angolana, a Atis-Nebest, venceu a primeira fase do Concurso Público Internacio­nal para a construção da Refinaria do Soyo, na província do Zaire. Segundo a Comissão de Avaliação do Concurso Público Internacio­nal, o consórcio concorreu com mais seis empresas, tendo reunido 31,5 pontos, à frente do consórcio CMEC, com 30,9. O porta-voz da Comissão de Avaliação, Guiomaro Correia, esclareceu que, a partir do dia 29, iniciam as conversaçõ­es entre as partes para determinar-se a continuida­de ou não da proposta escolhida. Fonte do Jornal de Angola adiantou que, caso passe em definitivo, a Quanten pretende aplicar 3,5 mil milhões de dólares para a construção da refinaria.

O Consórcio Quanten, integrado por três empresas norte-americanas (Quanten LLC, TGT Inc e Aurum & Sharp LCC) e uma angolana (Atis-Nebest), poderá aplicar um valor de 3,5 mil milhões de dólares caso avance para a fase de construção da Refinaria do Soyo, na província do Zaire, segundo fontes do Jornal de Angola.

A comissão de avaliação do Concurso Público Internacio­nal, criada pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, fez saber, ontem, em Luanda, que a proposta escolhida reuniu, dentre outras sete, um total de 31,5 pontos a frente dos Consórcios CMEC e Gemcorp, que ficaram com 30,9 e 29,9 pontos, respectiva­mente.

O investidor privado apresentou a garantia (carta de conforto) do financiame­nto bancário internacio­nal e assumiu a tarefa de produzir, conforme previsto, a oferta de 100 mil barris de petróleo por dia, correspond­endo a uma oferta de mais de 37 por cento das necessidad­es do país.

Conforme avançou o porta-voz da Comissão no acto, Guiomaro Correia, a partir de 29 deste mês iniciam as conversaçõ­es entre as partes, para determinar­se os termos e referência­s finais do acordo, e a continuida­de ou não da proposta escolhida para a fase de construção.

As negociaçõe­s devem decorrer num período de oito semanas sem excluirse a possibilid­ade de as outras propostas, pela ordem de classifica­ção, virem a ser ouvidas, caso não estejam reunidos os pressupost­os iniciais que determinar­am a indicação do vencedor do concurso internacio­nal de investimen­to privado para a Refinaria do Soyo.

Neste processo, concorrera­m, de igual modo, o Consórcio angolano SDRC, que ficou com 12,9 pontos, e o chinês Jiangsu, desqualifi­cado.

De acordo com os termos e referência do concurso, todos os concorrent­es que obtiveram a pontuação mínima de 50 por cento, equivalent­e a 25 pontos estão elegíveis para a negociação na ordem da sua classifica­ção, caso o consórcio Quanten não apresente os documentos e requisitos essenciais e necessário­s para a execução do contrato de investimen­to num prazo razoável.

Durante a fase de divulgação, manifestar­am interesse de participaç­ão no concurso várias empresas, sendo que no dia 30 de Janeiro deste ano, submeteram formalment­e as propostas nove consórcios, compostos por 17 empresas. Um consórcio decidiuvol­untariamen­teretirar a proposta e integrou-se num outro parceiro.

O país acompanha o desafio da transição energética em curso no mundo e está ciente dos desafios e tarefas que são impostos, mas deve aproveitar a existência de mercado interno e regional

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado para os Petróleos, José Barroso, advoga necessidad­e da procura contínua por petróleo para o país

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