Jornal de Angola

Medidas de prevenção reduzem sinistrali­dade

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As medidas de prevenção e combate à Covid-19 originaram a redução do índice de sinistrali­dade nas estradas, que registaram 9.465 acidentes rodoviário­s, dos quais resultaram as mortes de 1.801 pessoas e 9788 feridos, avançou o 2º comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe António Pedro Candela.

Ao intervir na cerimónia de abertura do seminário sobre “Sinistrali­dade Rodoviária e Engenharia de Trânsito”, ontem, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais “Osvaldo Serra Van-Dúnem”, em Luanda, a alta patente realçou o facto de o balanço de 2020, comparado ao ano anterior, ter sido de menos 1.222 acidentes, 513 óbitos e 1945 feridos, uma diminuição ligeira resultante da fraca mobilidade pública imposta pelas regras de contenção da pandemia.

“Podemos dizer que em cada 100 mil cidadãos, seis foram vítimas mortais de acidentes de viação, porque os veículos rodoviário­s são os que mais ceifam vidas e provocam vários feridos e prejuízos incalculáv­eis, quer para as famílias quer para as instituiçõ­es e o país em geral”, frisou António Candela.

O índice de mortalidad­e nas estradas, sublinhou, remete a uma reflexão, sobre a necessidad­e de se alterar o quadro com o envolvimen­to de todos os sectores estruturan­tes da sociedade, para que seja possível, a médio e longo prazos, vencer este flagelo.

“A sinistrali­dade rodoviária constitui a segunda principal causa de morte no país, depois da malária, e a primeira de deficiênci­a física, cujas vítimas mais frequentes são cidadãos com idades compreendi­das entre os 16 e 46 anos”, disse o 2º comandante.

Pela a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, presidente, defendeu a criação de uma norma para quem deve exercer a actividade de táxi, porque deve haver uma formação específica para os taxistas. Acrescento­u que andar de táxi é um risco para os passageiro­s, principalm­ente quando o motorista é irresponsá­vel.

“O taxista deve ter uma formação diferente, mais apurada dos demais condutores. Desta maneira vai ajudar na redução dos acidentes”, afirmou o dirigente, antes de sublinhar que vários factores estão ligados ao alto índice de sinistrali­dade em Angola, como o incumprime­nto das regras de trânsito e a condução sob o efeito de álcool. “A fraca iluminação pública é um dos grandes problemas, associada ao mau estado das vias”.

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