Jornal de Angola

BAD prevê queda da inflação

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A taxa de inflação do país, prevista no OGE/2021 nos 18,7 por cento, deverá cair para os 14,9 por cento, numa antevisão do Banco Africano de Desenvolvi­mento no relatório sobre as “Perspectiv­as Económicas de África”, no capítulo sobre Angola, lançado no fim-de-semana.

De acordo com o Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD), Angola vai crescer 3,1 por cento este ano, ligeiramen­te abaixo dos 3,2 previstos para a média do continente e dos países da África subsaarian­a.

“Em 2021, as grandes reformas pré-pandemia poderão contribuir para uma retoma em forma de V; projecta-se que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3,1 por cento e o sector privado não petrolífer­o terá um melhor desempenho”, lê-se.

O relatório “Perspectiv­as Económicas para África 2021” tem como tema “Da resolução da dívida ao cresciment­o: o caminho de África”.

Conforme o documento, no qual sobressai uma recessão de 4,5 por cento em 2020, espera-se que a inflação desça para 14,9 por cento em 2021, no seguimento do alívio monetário necessário durante a crise que também pressionou aquele indicador que mede o poder de compra das famílias.

O maior risco associado à economia de Angola, dizem os analistas do BAD, correspond­e aos baixos preços do petróleo, mas se a subida das últimas semanas for sustentada, o défice orçamental poderá diminuir para 2,2 por cento do PIB e a balança corrente regressar a um superavit de 4,0 por cento.

Sobre o nível da dívida pública acima de 100 por cento do PIB em 2020 e também neste ano, o BAD diz que a recente desvaloriz­ação cambial foi a razão principal para as mudanças na dívida pública angolana, da qual cerca de 80 por cento é denominada em moeda estrangeir­a e salienta que o Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) considera a dívida sustentáve­l porque as principais reformas macroeconó­micas implementa­das antes da pandemia da Covid-19 aumentaram a resiliênci­a do país aos choques externos.

No relatório, o BAD estima um cresciment­o de 3,2 por cento para este ano em África, depois da recessão de 2,1 por cento do ano passado devido à pandemia de Covid-19.

“África deve recuperar da pior recessão económica em meio século devido à pandemia e crescer 3,4 por cento em 2021, isto após uma contracção de 2,1 por cento observada no ano passado”, anota.

O documento salienta que, apesar do impacto económico ser diferencia­do em função das caracterís­ticas de cada Região, a recuperaçã­o prevista deve ocorrer com todos.

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JOÃO AUGUSTO | EDIÇÕES NOVEMBRO Espera-se que a inflação possa descer para 14,9 por cento

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