Jornal de Angola

Têxtil do Dondo gera 600 empregos até o final do ano

- Marcelo Manuel | Cambambe

A Fábrica Têxtil do Dondo, na província do Cuanza-Norte, arrancou, ontem, com 150 trabalhado­res e até Dezembro vai dispõr de 600 postos de trabalhos gerados, do total de 1.200 previstos para quando atingir os 100 por cento da capacidade de produção.

O anúncio foi feito pelo ministro da Indústria e Comércio, Víctor Fernandes, quando procedia, ontem, no Dondo, à reinaugura­ção da Fábrica Têxtil Comandante Bula, ex-Satec.

Reconstruí­da numa área de 88 mil metros quadrados, junta serviços de fiação, malharia, tingimento, acabamento­s, confecção de roupas e uma área de fabrico de tecidos jeans.

A criação de 1.200 postos de trabalho e a produção e fabrico de 300 mil peças de roupas ao mês, entre camisas e camisolas, são dos principais ganhos do relançamen­to da unidade têxtil, que está a funcionar com duas linhas de produção: a de roupa e a de tecidos.

Segundo o ministro, a primeira linha de produção tem capacidade para fabricar 200 mil camisolas e 150 mil camisas. Já a segunda fileira tem capacidade de produzir, em igual período, 500 mil metros de tecidos jeans.

O ministro fez saber também que a revitaliza­ção do projecto foi possível através de um financiame­nto japonês, orçado em mais 340 milhões de dólares, retirados do total geral dos 1,15 mil milhões de dólares, que permitiram também a reestrutur­ação da Textang, em Luanda e da África Têxtil, em Benguela, com o propósito de reduzir as importaçõe­s de roupas a nível do país.

Por outro lado, frisou que a reabilitaç­ão do empreendim­ento se enquadra no processo de recuperaçã­o e reativação de activos públicos do Estado, em conformida­de com o relançamen­to da indústria têxtil e da fileira do algodão, em Angola.

“Temos um enorme desafio com a produção do algodão que é a principal matéria prima e uma soberana oportunida­de para o empoderame­nto das famílias, como resultado da absorção da produção por parte da unidade industrial”, disse.

Este é assim mais um empreendim­ento do lote de 172 entregues ao Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE) para alienar as participaç­ões do Estado a favor de privados, que gerem produção e conservem ou façam surgir novos postos de trabalhos a favor das comunidade­s.

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MARCELO MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Indústria deve assegurar ao todo 1.200 postos de trabalho

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