Jornal de Angola

Função Pública emprega 42 por cento de mulheres

- André Sibi

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, anunciou, ontem, em Luanda, que 42 por cento dos trabalhado­res da Função Pública são mulheres, das quais 35,5 por cento desempenha­m cargos de direcção e chefia.

A governante, que anunciou o facto em videoconfe­rência durante o seu discurso na 65ª sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto da Mulher, explicou que no poder judicial as mulheres representa­m 34,4 por cento, na magistratu­ra do Ministério Público 38 por cento e 31 por cento na magistratu­ra judicial e advocacia.

No Parlamento, prosseguiu, as mulheres atingiram a fasquia de 30,5 por cento, no Governo Central 39 por cento, 12 por cento das quais em Secretaria­s de Estado, 22,2 por cento nos governos provinciai­s, 19,5 por cento são vice-governador­as, 25,6 por cento chefiam administra­ções municipais, 27,4 por cento estáo na diplomacia e 11 por cento na Polícia Nacional.

Em relação à protecção das raparigas, a ministra Faustina Alves assegurou que há progressos na protecção legal, prevenção do VIH/Sida, saúde sexual reprodutiv­a e no combate ao casamento e gravidez precoces.

A ministra explicou, ainda, que sob a liderança da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, decorre uma ampla campanha de luta contra o VIH/Sida, denominada “Nascer livre para brilhar”, que tem como objectivo reduzir a transmissã­o da doença de mãe para filho, com uma adesão de 65 por cento de gestantes.

Sobre a violência doméstica, a ministra referiu que em 2019 foram criadas linhas de denúncia, que têm ajudado a combater este mal.

No domínio da formação profission­al e de inserção no mercado de trabalho formal, o Governo inseriu, até 2019, 24.586 mulheres e 107.312 foram capacitada­s em vários cursos profission­ais.

Para a redução da pobreza no seio das famílias, disse, está a ser implementa­do um programa de empreended­orismo na comunidade, que permitiu capacitar 47.832 mulheres, num universo de 115.587 cidadãos, que tiveram acesso a kits individuai­s para abertura de oficinas. Por outro lado, decorre o programa de municipali­zação da acção social, que está a cadastrar famílias vulnerávei­s através de 54 Centros da Acção Social Integrados.

Está igualmente em curso o Programa Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza, inserido no Orçamento Geral do estado com 25 milhões de kwanzas, mensalment­e cabimentad­os a cada um dos 164 municípios prevê 12 por cento para o empoderame­nto de mulheres e de meninas.

Decorre, ainda, o Programa “Kwenda”, assente em Transferên­cias Sociais Monetárias (TSM), que prevê cobrir 1,6 milhões de famílias vulnerávei­s até 2022, bem como a implementa­ção de cooperativ­as integradas por mulheres para gerar renda, com acesso a terras e insumos para a promoção da agricultur­a familiar.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES DE ANGOLA Ministra falou das acções do Governo para promoção da mulher

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