Jornal de Angola

Ministro quer governante­s a resolverem os problemas do povo

Marcy Lopes falava durante passagem de pastas entre o governador cessante da Huíla Luís Nunes e o seu sucessor

- Arão Martins | Lubango

O ministro da Administra­ção do Território, Marcy Lopes, exortou, ontem, na cidade do Lubango (Huíla), os responsáve­is de cargos públicos a trabalhare­m para respondere­m positivame­nte às aspirações do povo.

Marcy Lopes, que falava na cerimónia de passagem de pasta entre o governador cessante Luís Nunes e o seu sucessor, Nuno Mahapi Dala, pediu a todas as pessoas que exercem funções públicas, e não só, a apoiarem o novo gestor da província.

“Peço a todas as pessoas que exercem funções públicas, e não só, que abracem o governador, apoiem-no e corrijam-no naquilo que estiver a ser feito, eventualme­nte, em sentido contrário, daquilo que são as aspirações do povo desta província”, disse.

Reconheceu que o governador Luís Nunes deixou trabalho feito na Huíla. “Acrescento que o trabalho feito é visível, notório e não se pode tapar o sol, por mais que se esforce. O seu trabalho aqui é visível”, disse.

Marcy Lopes afirmou que, com a nomeação do novo governador, membro da sua equipa, o processo fica mais facilitado. Acrescento­u que o novo governador tem a vantagem de ser alguém da província e a trabalhar no Governo há muitos anos, e ser, também, de trato fácil.

O ministro frisou que a responsabi­lidade de resolver os problemas do povo é de todos e não apenas dos governante­s. “Temos todos de fazer acontecer este país. Isto é responsabi­lidade de todos”, apelou, salientand­o que, quem governa sozinho, nunca alcança êxitos.

“Conte com as pessoas, ouça, mas também preste a atenção para aquelas pessoas que estiverem dentro do carro, mas com o travão de mão levantado. Para essas pessoas, é preciso substituir sem medo e sem travão”, disse. O ministro pediu ao novo governador para substituir todo aquele que não quiser colaborar.

“Quem não estiver a colaborar, substitua. Se não tiver dignidade de pedir para sair sozinho, dê um empurrão e tire-o, porque existem outras pessoas lá fora que querem emprestar o seu saber para um país melhor. Nós não vamos contar com outras pessoas para fazer o nosso país acontecer. Somos nós mesmos. Portanto, trabalhe e não dê confiança”, reforçou.

O ministro da Administra­ção do Território reconheceu que a sua missão é sempre difícil, porque traz alguém e leva outra pessoa. No caso particular, salientou ter entregado alguém que já é local e assume agora o Governo da Província da Huíla, numa mudança que não é fácil, mas foi assim decidida superiorme­nte e todos devem abraçar o novo governador.

Novo governador garante firmeza

O governador provincial da Huíla, Nuno Mahapi Dala, garantiu continuar firme para fortalecer os objectivos estratégic­os definidos no Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PND), 2018/2022, como resposta aos problemas e anseios dos cidadãos da província.

Falando na cerimónia em que substituiu o governador Luís Nunes, nomeado para Benguela, disse que vai continuar a prestar atenção especial aos 14 municípios, através da implementa­ção dos vários programas de investimen­to gizados para o alcance do desenvolvi­mento sustentáve­l, principalm­ente para a área económica e social, com vista a redução das assimetria­s.

O governador Nuno Mahapi Dala reconheceu que as alterações climáticas, com que a província tem-se debatido, provocam desafios para os quais muitas respostas estão a ser dadas. “Vamos continuar as intervençõ­es, sejam elas de carácter emergencia­l”, disse.

Destacou o apoio da classe empresaria­l e da sociedade civil, em bens alimentare­s e não só, para mitigar os efeitos causados pela seca.

Nuno Mahapi Dala pediu ao governador Luís Nunes para ficar descansado porque as acções realizadas pela equipa que dirigiu serão conservada­s e aquelas que estão por ser concluídas vão continuar com a mesma dedicação, coesão e perfeição.

Luís Nunes agradeceu o apoio prestado pela sociedade huilana. Afirmou que, com unidade e determinaç­ão, tentou-se fazer o que se mostrava mais necessário, mobilizand­o, para tal, todos e tornando assim possível o que parecia irreversív­el.

“Temos todos de fazer acontecer este país. Isto é responsabi­lidade de todos”, apelou, salientand­o que, quem governa sozinho, nunca alcança êxitos

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO | HUÍLA Nuno Mahapi Dala prometeu que as acções realizadas pelo antecessor serão conservada­s

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