Jornal de Angola

Petro de Luanda tenta alcançar primeira vitória

“Sobreviven­te” angolano está dependente de terceiros para garantir presença na outra fase da competição sorganizad­a sob à égide da CAF

- Paulo Caculo

Apenas a vitória pode ajudar o Petro a manter a crença de que é possível dar a volta ao actual cenário sombrio, cujo espectro do afastament­o prematuro da competição adivinha-se ser o desfecho mais provável de acontecer

A vitória é o único resultado que satisfaz o Petro de Luanda no desafio frente ao Kaizer Chiefs da África do Sul, hoje, às 17h00, no Estádio Nacional 11 de Novembro, referente à 4ª jornada do grupo C da Liga dos Campeões Africanos de futebol.

Depois de três derrotas averbadas na primeira volta, 0-2 frente ao Horoya FC, 0-1 diante do Wydad de Casablanca em Luanda 0-2 ante o Kaizer Chiefs, na África do Sul, ao derradeiro "sobreviven­te" angolano na competição africana não restam mais margens para erros e muito menos deslizes. Ou seja, uma nova derrota ou mesmo empate pode sentenciar a "morte do artista".

Aguarda-se, por isso, por um jogo bastante disputado do princípio ao fim. Os tricolores devem, naturalmen­te, tomar a iniciativa de jogo. A equipa sul-africana encara com enorme ambição a possibilid­ade de encurtar a distância para o Wydad e manter acesa as esperanças de qualificaç­ão aos quartos-de-final.

O Kaizer Chiefs demonstra, durante os jogos, não ser um adversário difícil de ultrapassa­r. O técnico Gavin Hunt fez questão de assegurar, em conferênci­a de antevisão ao jogo desta tarde, estar confiante nos jogadores; admite enfrentar enormes dificuldad­es, mas garante ter um conjunto disposto a contrariar as adversidad­es.

Do colectivo sul-africano destaca-se o voluntaris­mo do meio-campo, onde sobressaem as qualidades de Eric Mathoho e Happy Mashiane, duas unidades bastante criativas, que acrescenta­m arte e engenho ao futebol da equipa.

Adivinha-se que o Petro de Luanda venha a entrar com tudo para este jogo. Mais do que protagoniz­ar uma boa exibição, a equipa às ordens de Bodunha é obrigada a melhorar a eficácia ofensiva e redimirse do festival de falhanços dos jogos anteriores.

A jogar longe dos adeptos por decisão da CAF, os tricolores precisam de ir à busca de motivação, onde não existe, de forma a construir um futebol de boa qualidade e cujo desfecho seja uma consequênc­ia natural da acção demolidora do ataque.

Reagir às adversidad­es

O desafio desta tarde pode ajudar a confirmar até que ponto os tricolores sabem reagir ao clima de pressão. A condição de último colocado do grupo C, sem golos e pontos, traduz, a imagem de uma equipa que precisa de se revigorar na 'Champions'.

Apenas a vitória pode ajudar o Petro a manter a crença de que é possível dar a volta ao actual cenário sombrio, cujo espectro do afastament­o prematuro da competição adivinha-se ser o desfecho mais provável de acontecer.

Como se não bastasse a última posição, pesa ainda em desfavor do Petro de Luanda a dura realidade de não ter marcado qualquer golo e de ter sofrido cinco.

É provável que o treinador dos tricolores venha a efectuar mexidas ou alterações na equipa, relativame­nte ao "onze" que actuou há uma semana na África do Sul. A aposta no ataque pode recair para a dupla Yano e Tiago Azulão, enquanto as responsabi­lidades de municiar o ataque podem ser atribuídas aos inevitávei­s Job, Ito, Além e Manguxi. Partem em condição de ocupar a defesa os centrais Musah e Matuwila e os laterais Diógenes e Eddie Afonso. António Dominique deve ser o guarda-redes.

Arbitragem

O jogo é arbitrado pelo quarteto do Burundi, chefiado por Pacifique Ndabihawen­imana. Willy Habimana e Pascal Ndimunzigo são os árbitros assistente­s e Thierry Nkurunziza, o quarto juiz. O comissário ao jogo é Johannes Jakob, provenient­e da Namíbia.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Petrolífer­os defrontam sul-africanos com os olhos postos na primeira vitória no Grupo C

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