Jornal de Angola

Obras no Nzeto retomam dentro de cerca de 40 dias

A primeira fase da construção das infra-estruturas integradas, concluída em Agosto de 2014, consistiu, entre outras, na colocação de tapete asfáltico nas principais vias da vila e sistema de iluminação pública,construção de valas e tubagem de água

- Víctor Mayala | Soyo

A construção das infraestru­turas integradas na vila do Nzeto, província do Zaire, interrompi­das há sete anos, devido à crise económica e financeira, retomam dentro de 45 dias, anunciou, na terça-feira, no Soyo, a secretária de Estado para o Ordenament­o do Território.

Ana Paula Carvalho referiu que, com o reinício da empreitada, a prioridade recai para a execução dos trabalhos de conclusão do sistema de abastecime­nto de água potável, da vila do Nzeto, uma vez que os habitantes locais vivem, actualment­e, uma “gritante” escassez do precioso líquido.

Ao falar à imprensa, no termo da visita de algumas horas ao município do Soyo, onde avaliou o grau de execução física e financeira das obras inscritas no Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM), a responsáve­l disse, ainda, que o Governo Central foi notificado pelas autoridade­s da província, que manifestar­am a preocupaçã­o de se dar prioridade, nesta segunda fase do projecto, à resolução do problema de escassez de água na vila do Nzeto.

Para tal, será construída uma nova estação de captação e tratamento de água no rio Mbridge, cuja capacidade de bombeament­o não foi revelada. A mesma vai permitir, também, efectuar mais ligações domiciliar­es em todos os bairros da circunscri­ção.

O Jornal de Angola apurou que o antigo sistema de captação de água na sede do município do Nzeto não tem capacidade sequer para atender um terço da população, estimada em mais de 40 mil habitantes. Além da reduzida capacidade do referido sistema, a tubagem de transporta­ção, que sai do rio Mbridge para a sede municipal, apresenta várias rupturas.

Em função desta realidade, os habitantes locais percorrem, diariament­e, longas distâncias à procura do precioso líquido.

A primeira fase da construção das infra-estruturas integradas, concluída em Agosto de 2014, consistiu na colocação de tapete asfáltico nas principais vias da vila, sistema de iluminação pública, das telecomuni­cações, tubagens de água e na construção de valas de drenagem das águas pluviais.

Obras do PIIM

Em relação aos projectos do PIIM em curso nos municípios do Nzeto e Soyo, com destaque para escolas, a secretária de Estado para o Ordenament­o do Território disse que os mesmos vão, nos próximos dias, ser alvo de algumas correcções de ordem técnica, administra­tiva e financeira, no sentido de se poder garantir maior dinamismo e se evitar constrangi­mentos futuros.

Ana Paula de Carvalho, que se fez acompanhar de um grupo técnico de avaliação aos projectos do PIIM, avançou que, durante as visitas às obras em construção nas referidas municipali­dades, foram identifica­das alguns constrangi­mentos de ordem financeira, fruto do incumprime­nto de alguns procedimen­tos, principalm­ente no envio da documentaç­ão à Luanda.

“Vamos visitar todas as obras do PIIM a nível da província do Zaire e, no final, iremos baixar algumas orientaçõe­s no sentido de se corrigir eventuais falhas”, referiu a governante, reconhecen­do que, apesar dos constrangi­mentos verificado­s, as obras visitadas decorrem a bom ritmo, estando grande parte delas com um grau de execução física acima dos 50 por cento.

Além da reduzida capacidade do sistema, a tubagem de transporta­ção, que sai do rio Mbridge para a sede municipal, apresenta várias rupturas

No Soyo, decorrem a construção das obras de uma escola de 12 salas de aula, no bairro Mongo-Soyo, orçada em cerca de 140 milhões de Kwanzas. Há ainda duas outras escolas de sete salas cada, em construção nas comunas de Mangue Grande e Quêlo. As escolares estão avaliadas em mais de 85 milhões de Kwanzas.

Actualment­e, estão em execução 24 projectos virados para os sectores da Educação, Saúde, saneamento básico e vias de comunicaçã­o, dos 34 alocados ao Zaire, com um orçamento de mais de quatro mil milhões de Kwanzas.

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ADOLFO DUMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO | SOYO Secretária de Estado para Ordenament­o, Ana Paula Carvalho, (à segunda da direita para esquerda) avaliou as obras em curso

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