Jornal de Angola

Deputados da oposição manifestar­am preocupaçõ­es

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Durante o debate da proposta de revisão, na generalida­de, deputados de diferentes grupos parlamenta­res, excepto o MPLA, manifestar­am preocupaçõ­es com aquilo que consideram ser o “atipismo da Constituiç­ão”.

O deputado Alcides Sakala disse que a UNITA entende que a proposta visa a “manutenção do atipismo da Constituiç­ão” e “mexe, pela negativa”, com alguns princípios democrátic­os adquiridos, entre os quais o da institucio­nalização das autarquias.

“A UNITA tem insistido na possibilid­ade de se realizar a reforma do Estado através de um conjunto de iniciativa­s essenciais com vista à normalizaç­ão do papel das instituiçõ­es do Estado, destacando uma ampla revisão da Constituiç­ão, da Lei Eleitoral, a institucio­nalização da reconcilia­ção nacional, do poder autárquico e a reorganiza­ção do poder judicial”, referiu.

André Mendes de Carvalho,

A UNITA insiste na possibilid­ade de uma reforma do Estado

da CASA-CE, considerou “bemvinda” a proposta de revisão pontual da Constituiç­ão, mas afirmou estar “muito aquém do desejável”. Mas, insistiu, “é um passo modesto que não podemos deixar de considerar”.

A CASA-CE, segundo ainda Mendes de Carvalho, concorda com a revogação do nº 1 do artigo 242º relativo ao gradualism­o, “por entender ser uma medida oportuna”, pois estava em causa “uma questão bastante fracturant­e”.

O depurado Bendito Daniel, do PRS, disse que o país tem necessidad­e de uma Constituiç­ão à altura da realidade do povo e “não pela transmissã­o de poderes a um só indivíduo como se regista na actual Constituiç­ão”.

“O povo precisa de uma Constituiç­ão que vá ao encontro da sua cultura. O PRS defende que haja revisão da Constituiç­ão, mas não com a perspectiv­a de pontualida­de, uma vez que os angolanos pretendem actualidad­e e não particular­idade”, disse.

Para o deputado Lucas Ngonda, da FNLA, na proposta de revisão, o Presidente da República devia abordar as questões de fundo que têm a ver com “o atipismo da Constituiç­ão”. “Se quisermos evoluir o sistema democrátic­o no nosso país, temos que ver como as outras democracia­s funcionam”, defendeu.

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