Jornal de Angola

Exportaçõe­s de petróleo avaliadas em 18,2 mil milhões de dólares

Balanço do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás indica que, em 2020, as remessas angolanas de crude caíram mais de sete por cento

- António Eugénio

As exportaçõe­s angolanas de petróleo caíram 7,26 por cento em 2020, para 18 297 milhões de dólares, em resultado da remessa de 446,29 milhões de barris ou de cerca de 1,22 milhões de barris por dia, de acordo com dados do balanço das remessas angolanas de hidrocarbo­netos apresentad­os ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para os Petróleos.

José Barroso revelou dados que mostram que, naquele período, a indústria angolana de crude confrontou-se, além do recuo da produção, com uma flagrante queda dos preços, que caíram 37,16 por cento, para uma média ponderada de 40,9 dólares.

Segundo os dados das Exportaçõe­s de Petróleo Bruto e Gás Referentes ao Ano de 2020, como se designa o documento apresentad­o pelo secretário de Estado, 36,87 por cento do volume exportado é atribuído à Sonangol e à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG), com as principais expedições a partirem das ramas Dália, Cabinda, e Nembe.

As companhias internacio­nais Total (14,76 por cento), Esso (9,60), BP (8,59) e Chevron e Eni (6,87 cada) repartiram as restantes exportaçõe­s das concessões petrolífer­as angolanas.

O maior volume foi enviado para a China, para onde foi despachado 71,07 por cento do total exportado, seguindose a Índia e a Tailândia, com aproximada­mente 5,87 por cento e 4,34. A África do Sul foi o único país africano de destino do petróleo bruto angolano, com um volume correspond­ente a 1,06 por cento.

Durante o primeiro trimestre de 2020, o preço das ramas angolanas atingiu um mínimo de 18,250 dólares por barril na rama Gindungo e um máximo de 71,196 dólares por barril na rama Girassol, tendo alcançado a média trimestral de 48,710 dólares por barril.

Segundo o documento, os principais factores que influencia­ram o mercado das ramas angolanas foram a procura de petróleo com baixo teor de enxofre, devido à implementa­ção das medidas de redução do teor de enxofre para 0,5 por cento nos combustíve­is marítimos, destacando-se as ramas Olombendo, Cabinda e Clov.

No segundo trimestre/2020, os preços das ramas angolanas situaram-se num mínimo de10,870 dólares por barril, na rama Mostarda, e um máximo de 44,988 dólares na Saxi-Batuque, com uma média trimestral de 27,248 dólares.

No terceiro trimestre, o preço do barril das ramas angolanas alcançou o mínimo de 34,287 dólares, para a Dália, e um máximo de 47,725 dólares, para a Cabinda, com a média a situar-se em 43,361 dólares.

No o quarto trimestre, o preço mínimo ascendeu 36,470 dólares por barril, para a Mostarda, e um máximo de 53,843 dólares, para a Hungo, tendo alcançado uma média trimestral de 44,706 dólares por barril.

Naquele ano, a exportação do gás rondou de 6,33 milhões de toneladas métricas, 73,16 por cento das quais em LNG, 13,62 por cento ao gás propano, 8,49 em gás butano e 4,73 em condensado­s.

Na comerciali­zação desses produtos, uma tonelada métrica da LNG foi cotada em 191,16 dólares, com a mesma quantidade de butano cotada em 251,22 dólares, a de propano em 172,61 e a de condensado­s 237,58.

Os principais destinos do gás angolano foram a Índia, que absorveu 35,50 por cento, e a China, com 7,67. Os países africanos que importaram gás de Angola foram a Tanzânia e a República Democrátic­a do Congo, com volumes de importação correspond­entes a 0,32 a 0,002 por cento do total.

O secretário de Estado definiu o ano passado com a influência exercida pelas medidas impostas contra a propagação do vírus SARSCoV-2, agente causador da Covid-19, o que “afectou fortemente a economia mundial e enfraquece­u a procura global de petróleo”.

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