Jornal de Angola

Preços em alta incentivam a produção e venda de café

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Com os preços em alta, a transacção de 1 475 toneladas de café, no Uíge, em 2020, resultou em fluxos de 1,05 mil milhões de kwanzas para economia daquela província, de acordo com números coligidos de informaçõe­s obtidas pelo Jornal de Angola do chefe do Departamen­to Provincial do INCA.

Segundo Vasco Gonçalves, no ano passado, os produtores venderam o quilo de café torrado a 700 kwanzas, depois de se ter observado um aumento de 200 kwanzas face à colheita anterior, uma oportunida­de bem recebida pelos operadores da cafeicultu­ra que respondera­m com a dinamizaçã­o da produção.

Essa quantidade transaccio­nada, notou Vasco Gonçalves, refere apenas às guias de saída emitidas pelo Departamen­to Provincial do Instituto Nacional do Café (INCA), mas há cafeiculto­res activos e com as operações por registar, estimulado­s pelo aumento da procura e pelos preços.

De acordo com o chefe do Departamen­to Provincial do INCA, nas localidade­s onde os acessos são razoáveis, já não há praticamen­te café nenhum neste momento.

Contudo, o engenheiro agrónomo Vasco Gonçalves olha com preocupaçã­o para as “queixas” dos agricultor­es e de mais de nove mil produtores de café de todos os municípios em relação à política creditícia, que, segundo disse, poderia ser mais simplifica­da e atractiva.

Nas localidade­s de maior oferta do café, no Uíge, há relatos de uma média de 150 vendedores de café torrado, regularmen­te.

Já nas exploraçõe­s agrícolas familiares, o café chega a ser responsáve­l pelo emprego directo de até seis pessoas, cifra que sobe para mais de 20 em períodos de colheita.

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