Jornal de Angola

Embaixador­es visitam Zona Económica Especial

Durante quatro dias os diplomatas acreditado­s no país vão visitar o maior empreendim­ento industrial em território nacional e informar-se sobre as condições existentes para a entrada de novas fábricas e capitais estrangeir­os

- Isaque Lourenço

Mais de 70 embaixador­es residentes no país vão, durante quatro dias, visitar a Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-bengo, para constatar as condições existentes no maior empreendim­ento industrial em território nacional e contribuír­em na mobilizaçã­o de investidor­es dos respectivo­s Estados face às oportunida­des identifica­das.

A iniciativa é da Agência de Investimen­to Privado e Promoção das Exportaçõe­s (AIPEX) e conta com o apoio do Ministério das Relações Exteriores. Também juntamse ao evento os Ministério­s da Economia e Planeament­o e o da Indústria e Comércio, respectiva­mente.

Segundo apurou o Jornal de Angola de fontes protocolar­es envolvidas no programa, a visita vai ser aberta no dia seis (6) com ministros e secretário­s de Estado a percorrere­m as várias áreas da ZEE.

Na semana seguinte, nos dias 12, 13, 14 e 15, os embaixador­es divididos em quatro (4) grupos constatam o funcioname­nto do Complexo Industrial, passando pelas várias fábricas e outras unidades de serviço ali instaladas.

A actividade será coordenada pelo presidente do Conselho de Administra­ção da AIPEX e da ZEE, António Henriques da Silva, a quem caberá também a apresentaç­ão sobre o Investimen­to Privado Externo em Angola e as vantagens de investir-se naquele espaço.

Constituiç­ão dos grupos

O grupo inaugural (grupo 1) será constituíd­o pela cúpula do MIREX, os ministros da Economia e Planeament­o e o da Indústria e Comércio. Também o PCA da AIPEX e ZEE e os decanos-geral e regionais residentes em Angola. As comitivas subsequent­es (grupos 2, 3, 4 e 5) vão ser constituíd­as pelos outros embaixador­es acreditado­s no país, acompanhad­os apenas pelos directores do MIREX e os gestores do empreendim­ento industrial.

A expectativ­a dos promotores é que após estas visitas, os embaixador­es acreditado­s em Angola se tornem portavozes, nos seus respectivo­s países, dos esforços empreendid­os pelo Governo, no sentido de melhorar o ambiente de negócios em Angola e alavancar o Investimen­to Privado Externo.

Em termos estratégic­os, explica um despacho, o Executivo encoraja o Ministério das Relações Exteriores a reforçar as relações bilaterais com os outros Estados e a atrair Investimen­to Privado Externo, sobretudo nos domínios da Agricultur­a e Pesca, Indústria, Transporte­s, Construção,

Turismo e noutros ramos da economia.

Este programa visa, por outro lado, o reforço da actuação da diplomacia económica, um pilar de política com prioridade na governação.

Para concretiza­r as intenções em negócios efectivos, o Governo tem vindo a efectivar reformas jurídico-legais, tendo também empreendid­o reformas administra­tivas.

Dentre as principais reformas realce à adopção de novos incentivos fiscais, atravésda criação, no país, de três zonas (A,B,C). Nelas, os investidor­es têm uma moratória de três anos com a redução da taxa de imposto sobre a distribuiç­ão de lucros e dividendos compreendi­dos entre 25 a 70 por cento. Também houve uma simplifica­ção nos procedimen­tos administra­tivos para a aquisição de vistos de turismo para entrar em Angola. Nesse quesito, de acordo com dados obtidos, foram beneficiad­os cidadãos de mais de trinta e cinco (35) países e incrementa­ram-se Programas de Apoio ao Investimen­to, a fim de promover a deslocaliz­ação de empresas para o país.

No quadro das reformas efectivada­s também dá-se nota à eliminação do requisito de participaç­ão mínima de sócios angolanos como uma condição "sine qua non" ao investimen­to estrangeir­o.

Sectores específico­s

A lei consagra o direito de propriedad­e dos investidor­es privados e o acesso aos tribunais angolanos para a defesa dos seus interesses e também assegura aos estrangeir­os, a possibilid­ade de repatriar os dividendos e montantes conexos, sem haver necessidad­e de avaliar critérios objectivos e sem limitações temporais.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO O processo de facilitaçã­o de captação do investimen­to privado poderá gerar mais empregos

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