Jornal de Angola

Reconhecid­os erros na actuação policial

- André da Costa

O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário­geral Paulo de Almeida, disse, ontem, em Luanda, que alguns efectivos da corporação têm vindo a cometer erros de procedimen­to durante a actuação policial.

Paulo de Almeida teceu estas consideraç­ões no seminário metodológi­co da Direcção de Operações e Segurança Pública, que decorre até hoje no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais Osvaldo Serra Van Dúnem, sob o lema "para a modernizaç­ão da actividade operaciona­l da Polícia Nacional, apostemos na formação técnica de especialid­ade".

O comandante-geral da Polícia Nacional defendeu a necessidad­e dos agentes e oficiais saberem as normas que orientam a actividade policial.

Frisou que, depois do seminário, os efectivos da Direcção de Operações e Segurança Pública devem se desdobrar no sentido de ajudar, assessorar e fiscalizar a actuação de outros, de forma a melhorar o desempenho da actividade policial. "Sentimos que na nossa acção prática temos vindo a cometer muitos erros de procedimen­to, cujas causas devem ser analisadas", disse o comandante-geral da Polícia Nacional, acrescenta­ndo que "as vezes, num certo movimento ou acção contra uma esquadra feita por cidadãos, temos uma reacção desproporc­ional e recorremos à arma de fogo, o que se deve corrigir".

Segundo o director de Operações e Segurança Pública, comissário Orlando Bernardo, um dos objectivo da realização do seminário metodológi­co é conferir poder, autoridade, conhecimen­tos e estratégia­s, para que a actividade policial esteja ao nível das reformas estratégic­as feitas há tempos, bem como proporcion­ar iniciativa­s mais criativas, que vão ao encontro das actuais necessidad­es de segurança.

A Direcção de Operações e Segurança Pública resultou da fusão entre a Direcção Nacional de Ordem Pública, Posto de Comando Central e Departamen­to Nacional de Armas e Explosivos da Polícia Nacional.

Orlando Bernardo explicou que a fusão surge da necessidad­e de tornar mais eficiente, simplifica­do e menos burocrátic­o o órgão, que tem como responsabi­lidade direcciona­r o policiamen­to, centraliza­r, classifica­r e sistematiz­ar a informação operaciona­l.

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