Acto político marca 9º aniversário da CASA-CE
O presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, preside, hoje, no Soyo, província do Zaire, a um acto político para assinalar o 9º aniversário da coligação, que tenta redinamizar-se, depois de perder algum furor, na sequência do afastamento, em 2019, do líder fundador, Abel Chivukuvuku, por alegada quebra de confiança.
Como palco para comemorar os nove anos de existência da coligação, o Colégio Presidencial (órgão de cúpula da CASA-CE) elegeu o Zaire, uma das três províncias onde, nas últimas eleições gerais, aquela organização política conseguiu eleger um deputado -as outras duas foram Cabinda (dois parlamentares, mesmo número conseguido pelo MPLA) e Namibe (um).
Trata-se da primeira deslocação de Manuel Fernandes para fora de Luanda, cerca de um mês depois de ter sido nomeado presidente da CASACE, em substituição do deputado André Mendes de Carvalho “Miau”, que tinha rendido Chivukuvuku mas que foi forçado a demitir-se por alegada incompetência.
Nas duas últimas semanas, Manuel Fernandes visitou, em Luanda, os municípios do Cazenga e Kilamba Kiaxi, num programa, aos fins de semana, que visa estabelecer contactos com a população, para inteirar-se dos problemas que a aflige.
O político afirmou, quintafeira, em Mbanza Kongo, que a CASA-CE está a preparar as estruturas de base em todo o país, tendo em conta os desafios eleitorais que se avizinham. Em declarações à imprensa, no quadro da sua visita à província do Zaire, Manuel Fernandes esclareceu que dirigentes das estruturas centrais da coligação desdobram-se em encontros metodológicos pelo país para a dinamização das estruturas de base.
O levantamento factual da realidade de cada província, disse, consta entre as actividades que a coligação está a levar a cabo a nível dos municípios, com vista a encontrar alternativas para a revitalização da CASA-CE.
A Convergência Ampla de Salvação de Angola-coligação Eleitoral (CASA-CE) foi fundada a 3 de Abril de 2012. Nas eleições de Agosto do mesmo ano conseguiu eleger oito deputados e no pleito de 2017 dobrou a representação parlamentar, ao ocupar 16 dos 220 assentos da Assembleia Nacional.
Entretanto, o grupo parlamentar ficou dividido em dois, com o afastamento, em Fevereiro de 2019, do fundador e então líder, por alegada quebra de confiança. Oito deputados continuaram fiéis ao grupo parlamentar, enquanto os outros oito abandonaram a bancada (passando para não integrados em grupo parlamentar) e manifestaram solidariedade a Abel Chivukuvuku.