Preços encerram semana em alta
Preços do petróleo encerraram a semana com ganhos de dois dólares, na quintafeira, apesar do acordo a que chegou a OPEP+, naquele mesmo dia, de abrandar gradualmente, a partir de Maio, os cortes de produção.
O petróleo Brent fechou em alta de 2,12 dólares, ou 3,4 por cento, a 64,86 dólares por barril, enquanto o petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançou 2,29 dólares, ou 3,9 por cento, para 61,45 dólares o barril.
A OPEP+, que compreende a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e outros produtores aliados, concordou em flexibilizar os cortes da oferta em 350 mil barris por dia (bpd) em Maio, em mais 350 mil bpd em Junho e noutros 400 mil bpd em Julho.
Preços do crude sobem apesar de abrandamento dos cortes
“Ironicamente, o mercado comprou a história da OPEP+, de que a procura vai aumentar e esses barris serão necessários, apesar de vários pedidos de cautela emitidos pela OPEP nos dias que antecederam a reunião”, disse Bob Yawger, director de Futuros de Energia do Mizuho.
Pelo acordo desta quintafeira, os cortes totais implementados pela OPEP+ ficarão pouco acima dos 6,5 milhões de bpd a partir de Maio. Actualmente o grupo tem reduzido a oferta em sete milhões de bpd, enquanto a Arábia Saudita realiza um corte voluntário adicional de um milhão de bpd.
“Aparentemente, a Opep+ dá muita ênfase aos grandes progressos com a vacina (contra a Covid-19) em importantes regiões consumidoras, como os EUA e partes da Ásia”, afirmou Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates em Galena, Illinois.
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse durante a reunião que espera que a procura global de petróleo cresça entre cinco e 5,5 milhões de bpd neste ano.
“O cartel parece estar a desfrutar de uma melhora sazonal de procura mais forte do que o normal”, opinou Ritterbusch.