Bazoum empossado Chefe de Estado do Níger
Mohamed Bazoum, o Presidente eleito do Níger, fez, oficialmente, ontem, o juramento de tomada de posse em Niamey, numa cerimónia que, segundo a AFP, foi realizada num contexto de segurança tenso e raramente visto no país, após o fracassado golpe de Estado do início da semana.
O Presidente cessante Mahamadou Issoufou, que deixa o cargo após dois mandatos de cinco anos, entregou o poder a Mohammed Bazoum.
No discurso de tomada de posse, Mohamed Bazoum, denunciou o que considerou “crimes de guerra” cometidos no país por “grupos terroristas”. O Níger “confronta-se com a existência de grupos terroristas cuja barbárie ultrapassou todos os limites, incluindo o massacre de civis inocentes e verdadeiros crimes de guerra”, disse.
Denunciou também que os líderes dos referidos grupos não são nigerinos, mas de outros países, porque nunca reivindicaram nada ao Estado. Segundo Bazoum, os grupos terroristas que atacam o país são o Boko Haram (Nigéria), os filiados ao Estado Islâmico (Mali), e à al-qaeda do Magrebe.
O grupo Estado Islâmico no Grande Sahara (EIGS) cujos dirigentes são magrebinos, e cujas bases estão no território maliano, em Ménaka e Gao, são difíceis de combater, enquanto Bamako não estender a sua administração do Estado em todo o território nacional, esclareceu.
Lamentou o facto de a actual situação do Mali ter um impacto directo na segurança interna do seu país, prometendo que a sua agenda diplomática será centrada sobre o Mali.
O principal opositor de Bazoum, Mahamane Ousmane, contestou os resultados das recentes eleições de 22 de Março e apelou à oposição para não se sentar na Assembleia Nacional e ao Exército para ignorar ordens de uma autoridade “ilegal e ilegítima”.
Mahamane Ousmane, que já foi Presidente do Níger, oficializou a sua contestação nos tribunais e convocou protestos de partidários em massa e que foram reprimidos.