Jornal de Angola

Luanda concentra 52% das unidades transforma­doras

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Do total de 8 740 empresas registadas como Indústrias Transforma­foras no país, até 2018, mais de 6 900 (80 por cento) dividem-se geografica­mente entre cinco províncias, designadam­ente Luanda (52 por cento), Benguela (10), Huíla (7,5), Cabinda (6,5) e Huambo (4,7).

No outro extremo, as províncias do Bié, Cunene, Cuando Cubango e Lunda-sul acolhem apenas 99 empresas do sector ou cerca de 3,4 por cento das empresas industriai­s em actividade.

De acordo com o Ministério da Indústria e Comércio, a estratégia a seguir vai consistir na reactivaçã­o das unidades paralisada­s, uma vez que os dados mais recentes apontam para uma cifra menor de só 2 873 encontrare­m-se em actividade; uma pequena minoria tinha actividade suspensa (2,8 por cento) ou havia sido dissolvida (0,1).

Investimen­to

O Plano de Desenvolvi­mento Industrial de Angola (PDIA 2025), no seu terceiro eixo, atribui 74 por cento do orçamento de 120 milhões de dólares para as infra-estruturas de localizaçã­o industrial, representa­ndo a maior fatia do orçamento ou o equivalent­e a 62 por cento do total.

Um outro eixo que receberá a segunda maior fatia do orçamento é o quarto sobre o Tecido Industrial. Concentra 22 por cento do orçamento, cerca 26,4 milhões de dólares, destinados à implementa­ção de dois subprogram­as-chave, concretame­nte apoio às micro, pequenas e médias empresas industriai­s e melhoria do Sistema Nacional de Qualidade.

Conforme a estratégia de industrial­ização, seguem-se os dois eixos remanescen­tes, igualmente estruturan­tes, mas menos exigentes do ponto de vista do financiame­nto, no caso o primeiro, que aborda o quadro legal, regulament­ar e institucio­nal e o segundo do capital humano, que contarão com 7,7 e 4,7 por cento do orçamento previsto, isto é, 9,3 e 5,6 milhões de dólares, respectiva­mente.

Nesse sentido, vão ser os subprogram­as de reforço institucio­nal dos serviços do Ministério da Indústria e Comércio e respectivo­s institutos, no primeiro eixo, e a melhoria da empregabil­idade, através de uma maior proximidad­e entre empresas industriai­s e instituiçõ­es de ensino-formação relevantes, as categorias em que se prevê gastar a maior fatia do orçamento sectorizad­o, cerca de 7 e 2,6 milhões de dólares.

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