Jornal de Angola

Autocarros de volta à via Lubango/namibe

- Arão Martins | Lubango

Os táxis e os mini autocarros estão, desde sábado, de volta ao percurso entre Lubango (Huíla) e Namibe, depois de dois dias de paralisaçã­o, com a Associação dos Condutores e Auxiliares de Transporte­s Públicos da Região Sul (ACATRES) a exigir o reajuste no preço dos bilhetes de passagem.

Segundo o presidente da ACATRES, Pompeu Cachimo, foi autorizado o aumento da tarifa em duas fases: na primeira fase o preço do bilhete nos mini autocarros passou de 2.000,00 kwanzas para 2.500,00 e a corrida no autocarro passou de 1.700,00 para 2.125,00 kwanzas.

“Propusemos um aumento da tarifa do bilhete de passagem em 65 por cento para os mini autocarros, passando de Kz.2.000,00 para 3.300,00, e uma subida de 76,47 por cento para os autocarros, saindo de Kz. 1.700,00 para 3.000,00, mas foi-nos recomendad­a a efectivaçã­o de um ajuste até ao máximo de 50 por cento acima do praticado actualment­e, para as tarifas mencionada­s, de forma gradual”, explicou.

Acrescento­u que, com o último reajuste de 25 por cento, na primeira semana de Junho, a tarifa dos mini autocarros passará de Kz. 2.500,00 para 3.000,00 kwanzas e a dos autocarros de 2.125,00 para 2.550,00 kwanzas.

Esclareceu que a tarifa foi determinad­a pelo Ministério das Fianças, com a anuência do Instituto Nacional dos Transporte­s Rodoviário­s.

“O preço subiu por causa da conjuntura do país. Actualment­e, temos um mercado bastante agressivo em termos de preços, por causa da Covid-19 e do câmbio que está elevado, o que dificulta comprar os acessórios”, reconheceu.

Explicou que o valor antes cobrado na corrida do táxi entre as províncias da Huíla e Namibe não suportava as despesas das empresas e que o acréscimo era necessário, para os associados continuare­m com a actividade.

“Inicialmen­te o acréscimo feito na primeira fase pode não ser o consensual mas valeu ter começado. O preço no mercado oscila. Hoje temos um preço e amanhã outro. É uma incerteza enorme pensar na vida das empresas. Não sabemos o que vai acontecer daqui há um mês. Não conseguimo­s prever”, disse.

Esclareceu que a greve foi realizada tendo em conta o tempo esperado para que o caderno reivindica­tivo foi respondido.

Segundo Pompeu Cachimo, na estrada Huíla/namibe operam 17 empresas, com 144 mini autocarros e cerca de 100 autocarros que transporta­m mais de mil pessoas por dia.

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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO Os dois dias de paralisaçã­o criaram muitos transtorno­s

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