Uma missão contra a insegurança marítima
O navio Setúbal deve permanecer atracado no Porto de Luanda entre 12 e 19 deste mês e, de 20 a 24 de Abril, escalar o Porto do Lobito. Durante a sua permanência em Angola, a missão vai estar em Ambriz, província do Bengo, com o objectivo de realizar treinos e exercícios conjuntos entre o navio de guerra português e a brigada de fuzileiros navais da Marinha de Guerra Angolana.
“Além dos exercícios conjuntos entre as forças de fuzileiros de Portugal e Angola, terão lugar exercícios conjuntos de busca e salvamento, de vigilância e segurança marítima, em múltiplas vertentes, com embarques a bordo, que contribuirão para reforçar o treino e a afirmação do Estado angolano no mar e para a segurança marítima na região”, refere uma nota da Embaixada de Portugal em Luanda.
O navio, uma unidade “não combatente” vocacionada para “exercer funções de autoridade do Estado e a realizar tarefas de interesse público nas áreas de jurisdição ou responsabilidade nacional”, tem uma guarnição de 58 militares, incluindo uma equipa de abordagem e uma equipa de mergulhadores.
Entretanto, além de Angola e de São Tomé e Príncipe, estas acções de cooperação desenvolvem-se nomeadamente com Cabo Verde, Nigéria, Costa do Marfim, Guiné-bissau, Senegal e ainda com o Gana. Esta iniciativa, que Portugal tem efectuado desde 2008, pretende, com os seus meios navais, efectuar cooperação com as marinhas dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e outras marinhas de países também amigos na região, numa situação essencialmente de ajuda e cooperação, relativamente à segurança marítima na região do Golfo da Guiné, onde ocorrem cerca de 95% dos casos de insegurança marítima.