Jornal de Angola

“Já não vamos admitir construçõe­s anárquicas”

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O administra­dor municipal de Cacuaco, Auzílio Jacob, disse, ontem, ao Jornal de Angola, que são falsos os documentos apresentad­os pelos cidadãos que dizem ser lesados e confirmou a legalidade do acto de demolições, realizado no bairro Vila Verde Cativa, Distrito Urbano do Sequele. Auzílio Jacob acrescento­u que a Administra­ção Municipal de Cacuaco já não vai “admitir construçõe­s anárquicas nem invasão de terrenos”.

O administra­dor municipal de Cacuaco disse que não correspond­e à verdade a informação de que teriam sido demolidas mais de 500 moradias, alegando que o local não era habitado, porque “não havia casas”, encontrand­o-se apenas armazéns que procediam à venda de material de construção civil.

“O que aconteceu é que eles foram burlados”, acentuou o administra­dor, que declarou não ter sido feito por técnicos da Administra­ção Municipal de Cacuaco nenhum croquis de localizaçã­o nem documento que confirme a titularida­de de terrenos em nome dos cidadãos que dizem ter saído lesados do acto de demolições realizado na terça-feira última.

De acordo com Auzílio Jacob, nenhum dos documentos em posse dos considerad­os lesados tem selo de segurança que consta dos documentos emitidos pela Administra­ção Municipal de Cacuaco, sendo, por esta razão, prova de que são “documentos falsos”.

Quando lhe foi pedido para confirmar se Paulo Mutange Sambuco era o titular do espaço onde foram feitas demolições, o administra­dor convidou o referido cidadão a deslocar-se à Administra­ção Municipal de Cacuaco com a papelada que diz ter, para provar que tem a titularida­de do espaço.

“Quem quiser adquirir terreno no município de Cacuaco deve dirigir-se à Administra­ção Municipal e não a um cidadão comum”, salientou Auzílio

Jacob, que fez, implicitam­ente, menção a Paulo Mutange Sambuco, o cidadão que terá vendido parcelas de terreno na zona onde houve demolições.

O administra­dor do município de Cacuaco disse ser também falsa a informação posta a circular de que duas pessoas teriam ficado feridas, na sequência de disparos feitos por militares durante o acto de demolições.

Apesar de ter tido conhecimen­to pelo Jornal de Angola da existência de uma fotografia de um dos cidadãos que os abordados pelo jornal disseram terem sido baleados, o administra­dor insistiu em dizer que não houve vítimas.

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