Incorformidades detectadas estão em vias de resolução
O navio oceanográfico de Investigação Científica “Baía Farta” está, neste momento, na fase final da resolução das inconformidades detectadas, em 2019, durante a primeira apresentação em Luanda, de acordo com declarações ontem, em Luanda, da secretária de Estado para as Pescas.
Esperança da Costa abordou o estado actual do navio, tendo informado que, neste momento, o processo se encontra na fase dois das provas do mar e passará para a fase três, em que as reparações serão certificadas por especialistas em construção e sistema de guincho.
Só depois da aprovação pelos especialistas, acrescentou, é que Angola aceitará a restituição formal do Navio, ainda sob posse do construtor romeno Damen Shipyards Galati, que assumiu na integra os custos da reparação. O navio custou 80 milhões de dólares e comporta 74,1 metros de comprimento, capacidade de alojar 29 tripulantes, 22 dos quais investigadores, e uma autonomia para aguentar 29 dias no mar.
Em 2018, constatou-se no curso para Angola que o navio apresentou determinadas inconformidades, as quais o impediam de exercer as actividades para o qual foi construído.
“O navio não estava com o rigor científico desejado e, até ao momento, tem-se envidado esforços para garantir que essas correcções estejam finalizadas. Foi a pandemia mundial quem também atrasou com a reparação”, afirma.
Este navio foi solicitado pelas autoridades angolanas face à necessidade de desenvolver a investigação cientifica nos mares de Angola, proceder uma exploração sustentável e educacional dos recursos piscatórios e garantir a preservação do ambiente.
Segundo a directora-geral do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Filomena Vaz Velho, os problemas subsistem mais nos sistemas de guincho para a parte de pesca e para a oceanografia. Depois das reparações, o navio zarpou a 1 de Abril e atracou na Base Naval anteontem.
Com o navio, Filomena Vaz Valho disse que o sector das pescas vai poder estudar melhor a distribuição dos recursos pesqueiros e possibilitará analisar a evolução temporal dos índices de abundância de recursos estimados pelo cruzeiro.