Jornal de Angola

Cooperativ­as ganham centros de serviços agrícolas

- Francisco Curihingan­a|malanje

As cooperativ­as da Aldeia de Kipakassa, no município de Cangandala, e Nginga Mbandi, da comuna do Cota, em Calandula, ganharam, esta semana, em Malanje, Centros de Serviços Agrícolas, equipados com vários meios que vão permitir agregar valor à produção agrícola das famílias.

Na realidade, trata-se de armazéns equipados com debulhador­as de milho e de feijão, taras para limpeza e calibragem do grão.

O projecto de Agricultur­a Familiar e Comerciali­zação - Mosap II, mentor da acção, fez também um financiame­nto em espécie com a concessão de três toneladas de fertilizan­tes NPK, constituin­do um reforço à caixa comunitári­a. O fertilizan­te vai ser comerciali­zado aos membros das cooperativ­as.

De acordo com o coordenado­r provincial, em Malanje, Paulo Sozinho, o momento é marcante quer para o projecto quer para as cooperativ­as, porque nesta fase do fim do Mosap II, conclui-se existir capacidade­s para o seguimento das diferentes iniciativa­s.

No caso da Cooperativ­a da Aldeia de Kipakassa, a estrutura organizati­va existe. O grupo teve, até aqui, os apoios necessário­s. As terras estão legalizada­s e têm um campo com mais de 60 hectares para a cultura da mandioca, sobretudo, de que se espera retorno consideráv­el para as famílias e para a Caixa Comunitári­a das Cooperativ­as.

Investimen­to

Os dois armazéns custaram aos cofres do Mosap II cerca de 17 milhões de kwanzas, que inclui a construção do imóvel e os equipament­os aplicados.

“É um financiame­nto consideráv­el e esperamos nós que a cooperativ­a não deixe os imóveis em abandono. Vão procurar rentabiliz­ar para trazer mais receitas à caixa e ajudar na melhoria das condições de vida dos associados, porque no final, quer-se que as pessoas obtenham os meios para sobrevivên­cia, meios para mandar as crianças à escola e para resolver outros assuntos sociais”, precisou.

Cooperativ­a de Calandula

Paulo Sozinho enalteceu o potencial da cooperativ­a de Calandula em termos de produção agrícola.

“Tivemos uma experiênci­a durante o ano agrícola 2019/2020. Eles conseguira­m uma produção consideráv­el de feijão e têm os campos de mandioca prestes a serem colhidos e comerciali­zar. Pensamos nós que a cooperativ­a está num bom caminho, há um trabalho, há um esforço sobretudo do IDA no que concerne à assistênci­a técnica”, disse.

Para o gestor, neste momento, os técnicos estão preparados para dar assistênci­a técnica adequada e ajudar as famílias a sair da situação de pobreza e “sem medo de errar dizer que essas famílias já não são pobres, têm alguma carência, mas já não são pobres”.

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O plantio de milho e de outros cereais pelo país são prioridade­s para atender o consumo

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