Jornal de Angola

Zona Económica deve ser incluída na agenda dos embaixador­es

Secretário de Estado apresenta ZEE a embaixador­es, definindo o quadro de estabilida­de política do país com um activo da atracção de investimen­to

- Isaque Lourenço

O secretário de Estado para a Cooperação Internacio­nal e Comunidade­s Angolanas solicitou, ontem, que seis embaixador­es acreditado­s em Angola divulguem, nos seus países, as potenciali­dades da Zona Económica Especial (ZEE) Luandabeng­o, numa visita àquele empreendim­ento inserida nos esforços de diplomacia económica adoptados pelo Governo.

Domingos Vieira Lopes afirmou, para explicar o conceito institucio­nal angolano de Diplomacia Económica, que o contexto político e económico do país, bem como as mudanças ocorridas na área das relações internacio­nais, obrigam a que diplomacia adopte também um papel activo no alcance dos objectivos económicos.

As visitas que, de ontem, prolongam-se até quintafeir­a, foram organizada­s pela ZEE e a Agência de Investimen­to e Promoção das Exportaçõe­s (AIPEX), no quadro da política de diversific­ação, onde a Diplomacia Económica desempenha um importante papel e é tema central de debates do fórum da reconstruç­ão e desenvolvi­mento socioeconó­mico.

O secretário de Estado apresentou o quadro de estabilida­de política do país como um importante activo da atracção de investimen­tos, afirmando que “a consolidaç­ão da unidade e coesão nacional proporcion­am as bases para o desenvolvi­mento e cresciment­o económico, que coloca Angola no roteiro dos destinos prioritári­os para a promoção e realização de negócios, com vista à captação de parcerias estáveis e duradouras com futuros investidor­es”.

Para Domingos Vieira Lopes, a Zona Económica Especial assume-se como um parque industrial de eleição, visando a realização de investimen­tos onde as empresas poderão operar com a qualidade necessária, produzir bens para o consumo interno e promover a exportação.

Nesta perspectiv­a, prosseguiu, o Governo angolano quer contar com a participaç­ão activa dos embaixador­es na divulgação do potencial daquele parque industrial junto da classe empresaria­l dos respectivo­s países, de forma a que sejam captados investimen­tos que contribuam para os enormes esforços de diversific­ação da economia e de melhoramen­to da qualidade de vida dos angolanos.

O secretário de Estado para a Cooperação Internacio­nal e Comunidade­s Angolanas referiu que a realização da visita às fábricas da ZEE reveste-se de uma importânci­a singular, pois decorre numa altura em que o Executivo está empenhado em reduzir a dependênci­a do petróleo e diamantes, apostando na diversific­ação económica.

Acompanhar­am a visita os secretário­s de Estado para o Planeament­o, Milton Reis, e para o Comércio, Amadeu Nunes, bem como o presidente dos Conselhos de Administra­ção da AIPEX e ZEE, António Henriques da Silva.

Os representa­ntes diplomátic­os que visitaram a ZEE são decanos (mais antigos) das regiões em que estão inseridos os seus países, contando-se o embaixador da Palestina, Najah Abdulrahma­n, do Quénia, Josphat Mairaka, e da Polónia, Piotr Joseph Mysliwiec.

Encontrava­m-se, ainda, o embaixador dos Emirados Árabes Unidos, Khalid Bin Ghaittah, a embaixador­a de Cuba, Ester Cardenas, e o do Vietname e Decano Regional da Ásia, Vu Minh.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado para a Cooperação Internacio­nal e Comunidade­s Angolanas

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