PR apela a uma justa distribuição das vacinas
Presidente da República lembrou que a pandemia atingiu todo o planeta e, em função disso, a resposta à doença seja, também, a nível planetário
O Presidente da República, João Lourenço, que foi ontem o cidadão número 591.886 a ser vacinado no país, reafirmou o apelo à solidariedade internacional para um acesso mais igualitário às vacinas contra a Covid19, pois “ninguém se vai salvar sozinho”. “Reiteramos o nosso apelo para que os países desenvolvidos, que têm a capacidade industrial de produzir vacinas, sejam mais sensíveis, e entendam que ninguém se vai salvar sozinho. Ou nos salvamos todos, ricos e pobres, poderosos e não poderosos, ou ninguém se vai salvar. É uma pandemia que atingiu todo o planeta e tem de se atender todo o planeta", disse o Chefe de Estado, à saída do centro onde recebeu a primeira dose da vacina russa Sputnik V. Além do Chefe de Estado e da Primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, receberam a vacina o Vice-presidente da República, Bornito de Sousa, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, e a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira.
O Presidente da República, João Lourenço, reiterou, ontem, em Luanda, o apelo aos países mais desenvolvidos, com capacidade industrial de produção de vacinas contra a Covid-19, a serem mais sensíveis e compreensíveis, tendo em conta que ninguém se vai salvar sozinho.
“Ou nos salvamos a todos, ricos e pobres, poderosos e não poderosos, ou ninguém se vai salvar”, disse o Presidente, lembrando que a pandemia atingiu todo o planeta e, em função disso, a resposta à doença tem de ser, também, a nível planetário.
Em declarações prestadas à imprensa, depois de ter apanhado a primeira dose da vacina russa Sputnik V, no posto de vacinação do Paz Flor, no Morro Bento, o Chefe de Estado admitiu que a população mundial é, por enquanto, maior do que a capacidade de resposta da parte das farmacêuticas, mas insistiu na necessidade de haver um esforço no aumento das vacinas e facilitação na sua distribuição aos beneficiários a preços acessíveis.
João Lourenço mostrouse optimista em relação à consideração, pelos produtores das vacinas, do apelo, por si lançado, para uma maior atenção aos países mais necessitados e com menos capacidade para a aquisição das vacinas.
“Não sabemos qual será, exactamente, a solução, se a abertura das patentes ou não. Mas, seja qual for, temos fé de que o problema vai ser resolvido nos próximos dias”, realçou.
Destacou o facto de muitos países, sobretudo africanos, estarem sem recursos financeiros para adquirir as vacinas aos preços estipulados, neste momento, pelo mercado.
O Presidente informou que Angola recebeu, no quadro da iniciativa Covax, pouco mais de 600 mil doses da vacina Astrazeneca e 200 mil oferecidas pelo Governo chinês, além de ofertas de grupos empresariais, em pequenas quantidades.
O Chefe de Estado disse ter consciência que não se pode confiar apenas nas ofertas. “Temos que comprar mais vacinas e este esforço já vem sendo feito, apesar das dificuldades existentes”, realçou.
João Lourenço destacou, que apesar da aquisição, pelo país, de seis milhões de doses da vacina russa Sputnik V, cuja primeira tranche, de 40 mil doses, já se encontra em Angola, ainda são insuficientes. Disse que, à medida que se vão mobilizando mais recursos financeiros, vai continuar-se a lutar para que mais vacinas sejam adquiridas, não importando a marca.
Helena Muginga, licenciada em Análises Clínicas e Saúde Pública, foi quem vacinou o Presidente João Lourenço.
Angola recebeu, no quadro da iniciativa Covax, pouco mais de 600 mil doses da vacina Astrazeneca e 200 mil oferecidas pela China, além de outras ofertas, de grupos empresariais, em poucas quantidades