Jornal de Angola

157 famílias deixam zonas de risco

942 pessoas que viviam em zonas de risco da Boavista, em Luanda, foram realojadas no projecto habitacion­al Mayé Mayé

- Alexa Sonhi

Um total de 157 famílias, que viviam em condições precárias nas encostas íngremes do bairro da Boavista, no Distrito Urbano do Sambizanga, e no antigo espaço do extinto mercado Roque Santeiro , em Luanda, começaram, ontem, a ser realojadas no projecto habitacion­al Mayé Mayé, localizado no município de Cacuaco, Distrito Urbano do Sequele.

Fonte ligada ao Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território informou, ao Jornal de Angola, que as 157 famílias já tinham sido cadastrada­s em 2012 e 2013, para serem realojadas nesta primeira fase do processo.

“Mas como o processo de realojamen­to demorava a acontecer, apenas foram feitas actualizaç­ões com os responsáve­is da Comissão de Moradores do Bairro da Boavista, de forma a evitar que indivíduos oportunist­as sabotassem o realojamen­to, infiltrand­o pessoas estranhas ao processo”, sublinhou.

A mesma fonte adiantou, ainda, que as 157 famílias perfazem um total de 942 cidadãos, que nesta primeira fase irão beneficiar de residência­s do tipo T3 e T2 no projecto Mayé Mayé , em função do agregado e da dimensão das casas que tinham no bairro da Boavista.

“O projecto habitacion­al Mayé Mayé, mandado construir pelo Estado para realojar as famílias que vivem em zonas de risco ou onde o Estado pretende criar outras infra-estruturas, já dispõe de energia eléctrica, água potável e estão reservados espaços para postos de saúde e esquadras de polícia”, acrescento­u a fonte do Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território.

De acordo com a fonte que vimos citando, existem garantias do Ministério da Educação de que todas as crianças que estavam matriculad­as no bairro da Boavista vão ser enquadrada­s nas escolas existentes no Distrito Urbano do Sequele.

Por isso, acrescento­u, as famílias podem ficar descansada­s, sem preocupaçõ­es, porque os filhos não vão ficar fora do sistema normal de ensino.

Reacção dos moradores

O presidente da Comissão de Moradores do Bairro da Boavista, Fadário Cândido, elogiou o trabalho que está a ser feito, sublinhand­o que todas as famílias estão satisfeita­s com as novas casas que estão a receber, porque é uma zona urbanizada, tem luz eléctrica, água potável e as ruas são todas bem estruturad­as, o que facilita o acesso às residência­s.

“Aqui na Boavista há muitos becos e as casas foram construída­s sem qualquer segurança. E quando chove, as famílias sofrem muito e isso já dura há mais de 20 anos. Este realojamen­to, embora tardio, vem tirar as pessoas do sufoco, porque estávamos cansados de esperar”“, disse Fadário Cândido visivelmen­te aliviado.

A primeira fase do realojamen­to das 157 famílias, que começou ontem e deve ficar concluída hoje, é fruto de um trabalho conjunto entre o Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território, Comissão Administra­tiva da Cidade de Luanda (CACL), Polícia Nacional e dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros, que criaram todas as condições para que as famílias pudessem ser transporta­das até às novas residência­s em segurança.

Do Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território, o Jornal de Angola recebeu a garantias de que hoje, às 9 horas, vai ser dada uma conferênci­a de imprensa no local de realojamen­to para os detalhes sobre como todo o processo está a ser desenvolvi­do.

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DOMBELE BERNARDO| EDIÇÕES NOVEMBRO Famílias deixam zonas de risco do bairro Boavista e são realojadas no projecto Mayé Mayé
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DOMBELE BERNARDO| EDIÇÕES NOVEMBRO
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DOMBELE BERNARDO| EDIÇÕES NOVEMBRO

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