Dia da dança
A propósito do Dia Internacional da Dança, celebrado creio que há uma semana, escrevo esta minha modesta carta para falar sobre o estado da dança no país, os fazedores e a dignificação que quase não acontece. As pessoas que se dedicam à dança são verdadeiros heróis e heroínas na medida em que fazem de tudo praticamente por amor à camisola.
Embora a dança tenha um grande valor no que a sua apresentação diz respeito e no que à apreciação popular se refere, na verdade, pouco valor se dá aos bailarinos e coreógrafos. Nem sei o que é que o Ministério da Cultura tenciona fazer para resgatar a mística que a dança já teve aqui no nosso país, particularmente nos anos 80 do século passado. Lembro-me que na referida década a dança tinha realmente valor e a sociedade acompanhava com entusiasmo todo o movimento em torno da dança.
Como as datas têm sido celebradas praticamente sob o signo da reflexão, não sei se as devidas reflexões foram feitas naquele dia. Mas gostaria de aproveitar este de espaço para prestar uma homenagem singela a figuras que se eternizaram na dança, tais como Mateus Pelé do Zangado, Jack Rumba, Mojó, Joana Pernambuco, África, bailarina Bety, Olga Baltazar, João Cometa, Puto Mulher dos ex-pré Fabricados, entre outros que já não fazem parte do mundo dos vivos.
FILIPE COSTA
Sambizanga