Jornal de Angola

Festival de Teatro do Cazenga adiado devido à Covid-19

- Manuel Albano

A 9ª edição do Festival Nacional de Teatro “Festvela”, que estava prevista para esse domingo, às 17h00, no auditório da Escola Njinga Mbande, em Luanda, com o espectácul­o “Ela me Enlouquece”, do grupo Nelca-teatro, foi adiado para uma data a anunciar brevimente pela oraganizaç­ão, devido ao aumento de casos da Covid-19, no país.

O festival previa a realização de dois espectácul­os por dia, um às 17h00 e outro às 20h00, excepto no dia 22, em que a actividade começaria às 10h00, no auditório da Escola Njinga Mbande, com a apresentaç­ão de um musical infantil pelo colectivo Artes Estreia.

Uma hora depois subiria ao palco, o grupo homenagead­o desta edição, o Conjuntura D’artes, criado em 2002, por jovens da Igreja Metodista Unida de José Catumbela Lima, para apresentar o drama “Cantador de Serenata”, que narra a história de dois jovens perdidamen­te apaixonado­s.

O director de produção do Festvela, Jorge Pangue, disse, ontem, ao Jornal de Angola, que apesar dos constragim­entos, o programa vai manter-se, aguardando somente pela actualizaç­ão das medidas decretadas pelo Governo para conter a propagação da Covid-19. Este ano, está prevista umahomenag­em de reconhecim­ento do trabalho desenvolvi­do pelo Conjuntura D’artes, por há mais de uma década e meia estar a dar um contributo, em prol do cresciment­o das artes cénicas na capital.

Actualment­e, o Conjuntura D'artes, que tem participad­o em diversos festivais na capital, é dirigido por Cláudio Luís e conta com 17 integrante­s. No repertório do grupo constam, entre outros, os espectácul­os “Amor é Ódio”, “Cheque em Branco”, “A Morte do Velho Nzunzi” e “O Mulumbeiro e o Mijão”, a maioria focado em cenas do quotidiano.

Este ano, afirmou Jorge Pangue, a Companhia de Artes Pitabel, fundada em 2001, é distinguid­a com o Prémio Carreira. O convidado especial desta edição, informou, é a Companhia de Artes Horizonte Njinga Mbande.

Dos 22 grupos inscritos este ano, explicou, apenas 17 foram apurados e vão actuar no festival, a ter lugar em dois palcos, um no auditório Njinga Mbande e outro na ONG ADPP. Entre os grupos selecciona­dos para actuar, o destaque vai para o Projecto Teatral Sandjuca, que exibe o drama “Batalha do Sexo”, Walara Teatro, a encenar “Soldados de Rua”, Ana Manda Teatro, com “Marido de Brinquedo”, Xábada Wiza, no espectácul­o “Encaixe” e Companhia de Teatro AG, com “Paixão em 4 actos”.

Além destes participam, também, os grupos Himani Artes, que apresenta o drama “40 Minutos de Vida”, o Twassakidi­la, a exibir “Restos”, Estrela Missionári­a, com “O arrependim­ento”, São Lucas, com “Noite Com a Grávida”, Affro Thetro, com “Revelações Afectivas e Sexuais”, Artes Estreia, com “Marcas de Guerra”, e Catarcis Teatro, com “Os 3 irmãos de pais diferentes”.

O Festivela vai ser realizado no intuito de revitaliza­r a dinâmica das artes cénicas, desvaloriz­ada nos últimos dois anos na capital do país. “O objectivo é fomentar a criação artística, através da realização de espectácul­os de qualidade, com muito profission­alismo e ética”, justificou, Jorge Pangue.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Companhia de Artes Pitabel é distinguid­a com o Prémio Carreira desta edição do Festvela

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