Jornal de Angola

Danças angolanas promovidas no Brasil

- Manuel Albano

A criação de novos factos culturais, sobretudo na divulgação dos mais variados géneros musicais angolanos no Brasil, por via de aulas e debates virtuais ao longo deste mês, tem sido um dos focos do colectivo Kizomba Yetu, para saudar o 25 de Maio, Dia de África.

O programa de divulgação e preservaçã­o do semba, kizomba, kuduro e afrohouse, na Diáspora, arrancou na terça-feira, com a primeira de duas aulas previstas sobre conhecimen­tos teóricos e exibições visualizad­as na página oficial do colectivo Kizomba Yetu e no canal Youtube, numa iniciativa da mentora e coordenado­ra do projecto, a professora brasileira de dança Vanessa Dias.

O primeiro momento foi com base no vídeo dos instrutore­s daquele colectivo, Iza Sousa e Francisco Félix, com a música “Oi Moça”, do cantor e bailarino angolano Bonifácio Áurio, de nome artístico “Mr. Tuffas”, numa pretensão de partilha de saber, em busca de uma maior diversidad­e no domínio artístico entre os povos, destacou Vanessa Dias, durante a aula.

Evento gratuito, a segunda aula sobre danças angolanas está marcada para o dia 25, data em que o continente africano comemora mais um aniversári­o. Para este dia, está reservado para às 23h00 locais e nos mesmos canais de divulgação, performanc­es de afro-house com a professora brasileira Vanessa Dias e o professor angolano Gilson Manuel.

De acordo com Vanessa Dias, pesquisado­ra das danças africanas, desde 2016, a iniciativa tem sido uma oportunida­de para os apreciador­es da cultura angolana conhecerem um pouco mais sobre os hábitos e costumes, de forma divertida, numa altura em que somos chamados à criativida­de artística, por causa das limitações impostas pela Covid-19. “As relações sócio-culturais entre Brasil e África, em particular com Angola, remontam de uma longa história. O intercâmbi­o cultural justifica a essência desse projecto, que almeja promover a troca de experiênci­as entre a comunidade brasileira e angolana”.

O projecto, disse, tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, acto que mostra a importânci­a do projecto para as autoridade­s brasileira­s.

A professora de dança afirmou que a meta é continuar a promover a cultura angolana, criar espaços de interacção social para resgatar, transmitir e conviver com o regresso às origens em harmonia com a comunidade brasileira, sobretudo neste período de pandemia e isolamento social.

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DR Vanesa Dias é uma das mentoras do projecto

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