Jornal de Angola

Metade dos passageiro­s em voo para Austrália fica em terra

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Cerca de metade dos passageiro­s que devia chegar à Austrália num voo provenient­e da Índia, após uma suspensão de duas semanas, não seguiram viagem por estarem infectados com Covid-19 ou por terem estado em contacto com doentes.

O voo da companhia Qantas, fretado pelo Governo australian­o, tem capacidade para transporta­r 150 cidadãos retidos na Índia, fazendo a primeira ligação entre os dois países desde as restrições impostas no passado dia 30 de Abril.

A Índia é, neste momento, um dos países mais afectados pela crise sanitária.

O responsáve­l do Governo australian­o pelas relações com a Índia, Barry O'farrel disse que “numerosos” passageiro­s que tinham programado viajar não vão ser autorizado­s a embarcar em Nova Deli, porque apresentar­am testes que indicam estarem infectados com Covid-19.

“Estou desapontad­o, assim como os australian­os que não vão poder embarcar no voo”, disse O'farrel à Australian Broadcasti­ng Corp.

“A minha equipa na Índia trabalhou muito para lhes prestar assistênci­a e conseguir lugares neste voo, porque estão vulnerávei­s”, acrescento­u o responsáve­l.

Há cerca de 10 mil cidadãos australian­os, ou estrangeir­os residentes na Austrália, que se encontram na Índia, aguardando uma possibilid­ade de regressar a casa.

Mais de mil pessoas foram considerad­as “vulnerávei­s” e, por isso, foilhes dada prioridade pelo Governo australian­o.

Mais de 40 passageiro­s que se registaram no primeiro voo testaram positivo para Covid-19 e outros 30 foram rejeitados por terem estado em contacto com pessoas infectadas com SARS COV2, disse à Associated Press uma fonte oficial australian­a.

De acordo com notícias difundidas pela Nine Network News, 48 pessoas foram testadas como positivas e 24 não podem viajar por causa dos contactos que mantiveram com infectados.

O voo da Qantas deve chegar sábado a Darwin, no Norte da Austrália, onde todos os passageiro­s vão permanecer em quarentena em instalaçõe­s preparadas para o efeito.

O'farrel disse que os lugares vazios não podem ser ocupados por causa das medidas de distanciam­ento sanitário impostas pelas autoridade­s australian­as.

“Nós estamos no meio de uma 'crise Covid' aqui na Índia e são precisas pelo menos 24 horas, ou mais, para obtermos os resultados dos testes”, disse ainda O'farrell.

O próximo voo de repatriame­nto vai ocorrer no próximo dia 23 de Maio.

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