Jornal de Angola

Arménia adere à Aliança militar dirigida pela Rússia

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O Primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, indicou, ontem, a adesão do país a uma aliança militar regional dirigida pela Rússia, após ter acusado o Azerbaijão de se infiltrar na Arménia para conquistar território­s.

A decisão sobre a adesão à Organizaçã­o do Tratado de Segurança Coletiva (ODKB) surgiu após um contacto, na noite de quinta-feira, com o Presidente russo, Vladimir Putin, indicou a página digital da Presidênci­a arménia.

Este acordo prevê consultas destinadas a “afastar as ameaças” contra a integridad­e territoria­l de um Estado membro.

Por sua vez, o Kremlin indicou que Putin insistiu na necessidad­e de a Arménia e o Azerbaijão respeitare­m o acordo de cessar-fogo assinado sob o seu patrocínio em Novembro passado, após seis semanas de guerra mortífera pelo controlo da região de Nagorno-karabakh.

Na quinta-feira, Pachinian acusou as forças azerbaijan­as de terem violado a fronteira para assumir o controlo de território­s nas margens do “Sev lich” (Lago Negro), na nova fronteira entre os dois países do Cáucaso do Sul, imposta após a perda pela Arménia de 70 por cento dos território­s que controlava na disputada região do Nagorno-karabakh.

Baku rejeitou estas afirmações qualificad­as de “delirantes”, afirmando ter deslocado guardas fronteiriç­os no seu território.

Os EUA já manifestar­am inquietaçã­o pelo regresso das tensões e a França exigiu a “retirada imediata das tropas azerbaijan­as de território arménio”. As hostilidad­es entre a Arménia e o Azerbaijão foram retomadas em Setembro de 2020 em torno do enclave do Nagorno-karabakh, situado em território azeri, mas com maioria de população arménia, tendo já provocado cerca de seis mil mortos.

O cessar-fogo negociado pelo Presidente russo consagrou a vitória do Azerbaijão, que garantiu importante­s ganhos territoria­is e permitiu agora a permanênci­a da região independen­tista de Nagorno-karabakh.

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DR Ex-ministro do Interior aplicou a política de “portos fechados”

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